sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Mortalidade infantil indígena preocupa no Brasil

Na ADITAL: "A região de Dourados, ao sul do Mato Grosso do Sul, tem uma taxa de mortalidade infantil de 64 óbitos para cada mil nascidos e está bem acima da já alta taxa brasileira, que é de 24 para cada 1 mil. As denúncias das altas taxas de mortalidade foram feitas pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena e estão sendo investigadas pelo Ministério Público, com a fiscalização da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e do Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome. Para Egon Heck, do Cimi (Conselho Indígena Missionário) do MS, a alta taxa de mortalidade infantil é causada pela falta de vontade política do governo em buscar soluções definitivas para a questão da terra. No caso indígena, Heck disse ainda que o problema alimentar das crianças do povo Guarani-Kaiowá está ligado à demarcação e homologação das terras, proteção ambiental e à criação de alternativas para a produção de alimentos dentro do território indígena. Segundo ele, programas assistenciais não resolvem um problema que é estrutural e reflete a falta de terra e o desrespeito aos direitos básicos dos indígenas. Em 3.475 hectares de terra na região de Dourados vivem 10.000 indígenas dos povos Guarani-Kaiowá e Terena. O tamanho da área é insuficiente para abrigar a população e ter espaço para a produção de alimentos. E essa não é uma situação restrita a Dourados. Em Nhande Ru Marangatu, os índios podem perder a plantação de mandioca feita na região, que está prestes a ser devolvida aos fazendeiros, graças a ações judiciais. Seria mais um agravante para a falta de alimentos." [notícia completa]

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