No PÚBLICO: "O início da História. Há dez anos atrás, precisamente a 1 de Janeiro de 1994, o ano acordava com notícias surpreendentes. Do México chegavam relatos de uma insurreição armada. No Sul do país, na região de Chiapas, um grupo de guerrilheiros ocupava cidades e aldeias. Chamavam-se então "Exército Zapatista de Libertação Nacional". Para muitos, o EZLN nascia "fora de tempo". Ele seria apenas um vestígio de uma época que acabara com a queda dos regimes de Leste. Por isto mesmo, o primeiro grande triunfo dos zapatistas foi esse simples gesto de existência, o levantamento que parodiou as teses do fim da História. Essa paródia deu-se simplesmente fazendo a História com as próprias mãos."
*Por JOSÉ NEVES [texto completo]
quarta-feira, dezembro 31, 2003
segunda-feira, dezembro 29, 2003
Envie um webcard e apoie a campanha pela homologação da terra Raposa Serra do Sol
Na página do Conselho Indígena de Roraima: "A terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, ainda não foi homologada. Sem a homologação, os índios não tem domínio sobre suas terras e têm seus direitos ainda mais ameaçados. É preciso mobilizar a sociedade e pressionar o governo para que o processo seja concluído o mais rápido possível. Você também pode ajudar os índios nessa luta. Basta enviar o webcard preparado pela Campanha Nós Existimos para o governo federal e também para os seus amigos. Participe e envie já!"
domingo, dezembro 28, 2003
México: índios perseguidos por defenderem a terra
O alerta é da secção canadiana da Amnistia Internacional: dois indígenas Raramuri, do México, foram detidos com base em povas falsas, após terem protestado contra a exploração ilegal de madeira nas terras da sua comunidade. Colabore da campanha da AI.
Povos Indígenas: novo guia da One World
A OneWorld ampliou a sua secção de guias temáticos com um sobre povos indígenas (em castelhano). Além de um artigo introdutório, o guia tem ainda uma secção de recursos online para quem pretenda aprofundar o tema. Este guia foi elaborado por Susanna Segovia, antropóloga com experiência no acompanhamento e cooperação com organizações indígenas da Amazónia equatoriana. [Fonte: OneWorld]
terça-feira, dezembro 23, 2003
Iguarias de Natal têm origem nas tribos índias americanas
No Diário Digital: "Muitas das iguarias que fazem parte da ceia de Natal dos países ocidentais, como o perú, as batatas assadas ou o chocolate, eram alimentos tradicionais para os índios da América do Sul. Quem o diz é a historiadora Rebecca Earle, da Universidade de Warwick no Reino Unido. Esta historiadora foi em busca do rasto de algumas das comidas mais famosas desta época. Concluiu assim que o peru é originário do México e da América do Norte, tendo apenas chegado à Europa em 1650, depois da colonização daquele continente. Por seu turno, as batatas provêm do Peru, e apenas no séc. XVIII chegaram à Europa ocidental. Uma das especiarias mais difundidas e mais apreciadas também, o chocolate, era por sua vez muito apreciado pelos Astecas e pelos Maias, que povoavam a zona do México e da América Central. Era uma bebida reservada para os príncipes e guerreiros, que a bebiam misturada com especiarias e que pouca relação tinha com o chocolate que é hoje em dia consumido em tabletes ou em sobremesas." [noticia completa]
terça-feira, dezembro 09, 2003
AMAZÓNIA: Índios Waimiri já não correm perigo de extinção
Na TSF: "Os índios Waimiri Atroari, da Amazónia, concluíram domingo dois meses de comemorações pelo nascimento do milésimo membro da etnia. Durante duas décadas, estes índios estiveram em perigo de extinção. A criança, a quem foi dado o nome de Lawyraky (Lutador), simboliza o fim da ameaça de extinção que pairou sobre os Waimiri Atroari durante duas décadas. A festa, que decorreu na aldeia Yawara, onde a criança nasceu a 30 de Setembro, prolongou-se por três dias seguidos com danças e cantos. Os Waimiri Atroari eram cerca de três mil em 1969, mas estiveram à beira da extinção nas décadas de 1970 e 1980, com uma taxa de mortalidade de 20 por cento ao ano. Este problema ocorreu na sequência da implementação nos estados do Amazonas e Roraima, de projectos como a estrada BR 174 (entre Manaus e Boa Vista), a Mineração Taboca e a central hidroeléctrica de Balbina, que causaram um devastador impacto em todo o habitat da etnia. Em 1987, um censo da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) concluiu que só havia 374 Waimiri Atroari, espalhados por sete aldeias e numa situação muito difícil. Os índios eram dizimados nomeadamente por garimpeiros, caçadores e pescadores, assim como por epidemias de sarampo, malária e gripe. A situação começou a mudar com a demarcação em 1987 de uma área de reserva de 2,5 milhões de hectares e a criação, em 1988, do Programa Waimiri Atroari, com acções múltiplas visando a preservação da etnia e da sua cultura, numa iniciativa do antropólogo Porfírio Carvalho com a cooperação da FUNAI e da companhia Centrais Elétricas do Norte do Brasil." [notícia completa]
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