segunda-feira, junho 27, 2005

BRASIL: Mais um indígena morto

Na ADITAL: "Um indígena foi morto e pelo menos dois outros estão feridos após reação de fazendeiros a uma retomada de terras realizada por indígenas Guarani Kaiowá. A retomada aconteceu no tekoha (terra tradicional Guarani) Sombrerito, no município de Sete Quedas, a cerca de 300 km de Campo Grande, MS. O conflito ocorreu na na madrugada de ontem, dia 26. A fazenda retomada é chamada de Fazenda Floresta. Polícia Federal , Ministério Público Federal e Funasa foram informados. A Funasa aguarda o deslocamento da Polícia Ferderal para retirar o corpo. De acordo com os indígenas, há outros feridos e duas lideranças estão retidas pelos fazendeiros, que exigem a saída dos Guarani da área retomada para libertá-los. Um dos indígenas presos, chamado Silvio Iturbe, está ferido no olho." [notícia completa]

sexta-feira, junho 24, 2005

EQUADOR: Assassinado ativista de Direitos Humanos

Na ADITAL: "CEDHU - Na segunda-feira 20 de junho, o líder comunitário Andrés Arroyo Segura, do sítio Patricia Pilar-província dos Rios, membro da AFROSEGURA e da rede Nacional em Defesa da Natureza, Vida e Dignidade (REDIVINA), de ecologistas populares, foi morto, ao que parece, no trajeto de sua casa até Patricia Pilar, quando tentava chegar a Guayaquil, onde deveria reunir-se com o advogado Félix Rodríguez. Seu cadáver foi encontrado no rio Baba na altura da comunidade Seiba, exatamente no local em que se pretende construir uma represa fortemente questionada pelos impactos ambientais e humanos que geraria, luta na qual estava empenhado em deter Arroyo Segura como líder e a pedido das comunidades afetadas. A autopsia revelou indícios de uma agressão externa." [notícia completa]

BRASIL: Crianças indígenas morrem

Na ADITAL*: "Há mais de um ano o Pólo-Base de Guajará-Mirim está totalmente desfalcado de transporte fluvial para a remoção de pacientes e para atendimento pela equipe de saúde. Cerca de 3.000 indígenas, 80% da população do Pólo-Base, para serem removidos e atendidos dependem de eventuais caronas ou da boa vontade de terceiros solicitados pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). As duas crianças que faleceram recentemente desceram de carona da aldeia Ricardo Franco, na terra Guaporé, para Guajará-Mirim, um percurso de 250 km, no dia 28 de abril. As duas crianças foram imediatamente internadas. Uma delas faleceu após duas horas e a outra após 36 horas." [*e CIMI] [notícia completa]

quinta-feira, junho 02, 2005

Costa do Marfim: Conflitos étnicos fazem 50 mortos

No Diário Digital: "Pelo menos 50 pessoas morreram, 11 das quais queimadas vivas, ontem de madrugada na sequência de confrontos étnicos em duas aldeias da região de Duékué, na Costa do Marfim. Esta violência revela o aumento da tensão entre comunidades na zona ocidental do país. Eram 03.00 quando "indivíduos não identificados" realizaram ataques simultâneos em Guitrozon e Petit Duékué, indicaram à AFP as autoridades da região. Durante a tarde, os corpos das 50 vítimas foram transportados até ao hospital de Duékué. De acordo com o presidente da Câmara da cidade, Marcel Djahi, todos os mortos pertenciam à etnia guéré, autóctone da região. Em Guitrozon, 11 dos 28 mortos foram queimados vivos, após os atacantes terem incendiado as suas cabanas, explicou o ministro da Reforma Administrativa, Eric Kahé." [notícia completa]

CHILE: Lixões afectam índios e camponeses

Na ADITAL: "Os indígenas mapuches chilenos, da região de Araucanía, denunciam a existência de milhares de toneladas de lixo, geradas pela chamada IX Região, o que implica em impactos negativos para a territorialidade das comunidades mapuches e de camponeses pobres. São impactos ambientais, sociais, culturais, sanitários e econômicos para as famílias. Para a Coordenadoria de Famílias e Comunidades Afetadas pelos Lixões - IX Região, Agrupamento Konapewman, de Temuco, e Coletivo de Ação pelos Direitos Ambientais - região de Araucanía, este fato é uma nova expressão da discriminação: o racismo ambiental." [notícia completa]

quarta-feira, junho 01, 2005

Tupinikim e Guarani iniciam ocupação da Terra Indígena invadida pela Aracruz Celulose

No CIMI: "Nem o mau tempo parou os Tupinkim e Guarani. Ontem, cerca de 200 indígenas das sete aldeias do Espírito Santo realizaram um corte de eucalipto dentro da área de 11.009 hectares de terras indígenas, atualmente nas mãos da Aracruz Celulose, para iniciar uma primeira ocupação da área reivindicada. Estes 11.009 hectares já foram identificados pela FUNAI e reconhecidos como terras indígenas pelo ex-Ministro da Justiça Íris Rezende mas, de forma inconstitucional, ficaram fora das portarias de demarcação editadas por Rezende em 1998. A ocupação se realizou no local da antiga aldeia Tupinikim Araribá, extinta com a chegada da Aracruz Celulose e sua monocultura de eucalipto. Neste local, no meio da floresta, viviam dezenas de famílias indígenas, bem como em aldeias vizinhas como Olho d´Água, Cantagalo e Macacos. Esta ocupação acontece nove dias depois de concluída a auto-demarcação da área, ação da qual participaram 500 indígenas de todas as aldeias durante cinco dias. Hoje, apesar do mau tempo, continuam os trabalhos de corte e construção de duas cabanas para o alojamento das famílias que permanecerão no local. No lugar dos eucaliptos cortados, serão plantados alimentos e árvores nativas." [notícia completa]

Dez indígenas jurados de morte em Grajaú, no Maranhão

No CIMI: "Depois do assassinato do cacique João Araújo Guajajara, morto no último dia 21, outras 10 lideranças Guajajara ainda fazem parte de uma lista de jurados de morte pelo mesmo grupo que assassinou Araújo. Participaram da violenta ação contra o povo Guajajara 10 homens fortemente armados. No entanto, somente Milton Alves, conhecido como Milton Careca, está preso. Durante a invasão à aldeia, casas foram queimadas, o indígena Wilson Araújo foi ferido com um tiro na cabeça e D.S., uma jovem de 16 anos, foi estuprada. Ambas as vítimas são filhos do cacique João Araújo. O clima permanece tenso na região. Além das lideranças Guajara, missionárias do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também foram perseguidas e ameaçadas pelos homens que atentaram contra a vida dos indígenas. Eles continuam livres." [notícia completa]