sexta-feira, outubro 28, 2005
Tupiniquim finalista no concurso internacional «The Best Of The Blogs»!
O blog português Tupiniquim, sobre povos indígenas, é finalista no concurso internacional The BOBs (The Best Of The Blogs). O Tupiniquim, que ficou entre os finalistas da categoria "Melhor Weblog Jornalístico", é também o único blog da língua portuguesa que concorre com outros sete na categoria "Melhor Weblog". As votações decorrem até dia 20 de Novembro aqui. [notícia na Folha Online]
quinta-feira, outubro 27, 2005
Brasil: «Indígenas e discriminação»
Na ADITAL: "Testemunho sobre a situação indígena brasileira ao Relator Especial da ONU sobre Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância relacionada à questão racial - Sr. Doudou Diène" por Eliane Potiguara, "remanescente Potyguara, nasceu num gueto indígena no Rio de Janeiro. Tem 55 anos, é escritora e professora. Foi indicada no Projeto Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz. Coordena o Grumin/Rede de Comunicação Indígena e criou a primeira organização de mulheres indígenas do país, o Grumin/Grupo Mulher-Educação Indígena, em 1989. É Diretora do Inbrapi (Instituto Indígena Brasileiro para a Propriedade Intelectual) e Conselheira e uma das fundadoras do Comitê Intertribal. É autora do livro Metade cara, metade máscara, S.Paulo, Editora Global, Série Visões Indígenas, 2004.A série é coordenada por Daniel Munduruku, escritor indígena." [texto integral]
Argentina: Projecto turístico ameaça mapuches
Na ADITAL: "O empresário televisivo Marcelo Tinelli planeia construir um mega-projeto turístico em Chubut, na Patagônia. O projecto é uma ameaça para 30 famílias mapuches. Tinelli planeia desalojá-las para instalar o centro turístico baptizado de Tafipan 2000. Segundo informou a Rádio Nacional de Cuyo, o empresário comprou milhares de hectares na província de Chubut, onde vivem as famílias mapuches." [notícia completa]
«Não Queremos Guerra, Queremos Nossas Terras»
No CIMI: "Na região da fronteira do Brasil com o Paraguai o clima é de guerra contra os Kaiowá Guarani e nossos direitos. Nossas terras foram sendo tomadas pelos fazendeiros e lavoureiros e nosso povo confinados nos pequenos pedaços de terra que o SPI tinha demarcado há quase um século. Não agüentando mais tanta violência e desrespeito começamos a retomar nossos tekoha, territórios tradicionais. Entre essas terras retomadas estão Yvy Katu, retomado em dezembro de 2003 e Sombrerito para onde voltamos em junho deste ano. Sofremos muita violência e pressão. Mataram e torturam nossos parentes. E foi por isso que resolvemos fazer aqui a nossa Grande Assembléia Kaiowá Guarani do Mato Grosso do Sul. Queremos dizer ao Brasil e ao mundo que não queremos guerra, mas que as autoridades políticas e judiciais reconheça e nos devolva com urgência nossas terras tradicionais para poder viver nossa vida em paz. Também nos reunimos ali para comemorar as vitórias que tivemos na justiça e que vão dar possibilidade de prosseguir a demarcação dessas terras." [comunicado completo]
Brasil: Invasores ameaçam índios sem contacto em Mato Grosso
No CIMI: "Um grupo de indígenas sem contacto que vive no Mato Grosso está ameaçado pela acção de grileiros, que planejam aumentar sua presença na terra indígena Rio Pardo, na região dos municípios de Colniza e Aripuanã. As ameaças partem de três grupos distintos, mas relacionados. Uma equipe da Funai que visitou o local relata a existência de acampamentos de base dos grupos invasores. Num acampamento foram encontradas duas bombas, motosserras, equipamentos como GPS e placas com coordenadas das terras pleiteadas pelos invasores. "A acção dos madeireiros é forte. É necessário tomar medidas urgentes para garantir a vida dos indígenas. A Polícia Federal e o governo brasileiro têm que agir: retirar os invasores da área, garantir a presença da Polícia Federal e iniciar a identificação da terra", afirma o procurador da República em Mato Grosso, Mario Lucio de Avelar." [notícia completa]
Mais de 180 indígenas participam na Assembleia Popular: Mutirão por um novo Brasil
No CIMI: "Entre as oito mil pessoas que participam da Assembleia Popular: Mutirão por um novo Brasil, que acontece em Brasília desde terça-feira (25), estão 180 indígenas de 20 povos, vindos de 10 estados brasileiros. Ontem, os indígenas tiveram participação intensa nos debates sobre «Valores, Gênero e Etnias», um dos 10 temas da Assembléia. Mas os participantes ressaltam que não vieram para debater apenas temas específicos: "Todos os temas do debate têm relação com indígenas. Saúde e educação, por exemplo. Se queremos construir um Brasil novo, o respeito à diversidade deste país precisa estar presente em todos os assuntos", afirmou Aurivan dos Santos Barros, o Neguinho, cacique do povo Truká. Questões econômicas e políticas debatidas na Assembléia também tocam diretamente os indígenas. Um novo Brasil terá que necessariamente ter uma nova estrutura fundiária onde as terras e territórios indígenas sejam reconhecidos, bem como outras formas coletivas de terra e convivência com a natureza e todas as formas de vida. Os grandes projetos - como a construção de barragens ou a transposição do Rio São Francisco - também afectam de forma semelhante indígenas e pequenos produtores." [notícia completa]
quarta-feira, outubro 26, 2005
Perú: Indígenas e governo
Na ADITAL: "Na próxima segunda-feira, 31 de outubro, indígenas de comunidades nativas da província de Atalaya (Perú) viajarão até Lima. Na capital federal participarão numa reunião com o Executivo para discutir sobre o pagamento de ragalias pelo projeto de gás Camisea, localizado no departamento vizinho de Cusco. Comunidades indígenas e outros moradores da província peruana de Atalaya, começaram uma greve para reivindicar o pagamento de uma percentagem das regalias do projeto. Os manifestantes consideram que devem receber parte das regalias em compensação pelos danos ambientais e outros prejuízos que o projecto causa na zona. As mobilizações começaram no dia 30 de Setembro. Os manifestantes bloquearam vias terrestres e fluviais." [notícia completa]
Brasil: Índios consideram relatório Sateré-Mawé um retrato da realidade
Na FUNAI: "O relatório «Sateré-Mawé - Retrato de um Povo Indígena» foi lançado, ontem à tarde, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. O documento é resultado de um estudo que revela as condições de vida das comunidades de Andirá-Marau, Koatá-Laranjal e Uaicurapá e de quatro municípios do Amazonas. "É uma amostra da realidade do meu povo, pois retrata a situação da nossa educação, economia e saúde", diz o professor indígena José Sateré-Mawé. É também uma grande conquista para os Sateré-Mawé, já que 12 índios participaram de todo o processo de elaboração do estudo." [notícia completa]
terça-feira, outubro 25, 2005
Brasil: Editora lança autobiografia do indigenista Orlando Villas Boas
Na FUNAI: "Lançada no dia 20 de outubro de 2005, a obra «Histórias e Causos do Indigenista Orlando Villas Bôas», editada pela FTD, apresenta um painel completo sobre o trabalho realizado por Orlando e seus irmãos Cláudio, Leonardo e Álvaro. Além de resgatar discussões a respeito da política indigenista, o livro também reúne muitas fotos, mapas e ilustrações." [notícia completa]
segunda-feira, outubro 24, 2005
Guarani Kaiowá expulsam de suas terras invasores que cortavam madeira ilegal
No CIMI: "Lideranças do povo Guarani Kaiowá apreenderam dois tratores e diversos maquinários que trabalhavam dentro de sua terra tradicional, Nhanderu Marangatu, município Antônio João (MS), na extração ilegal de madeira. Os invasores foram expulsos por um grupo de Guarani Kaiowá no último dia 14 de outubro. Um levantamento da polícia ambiental de Bela Vista (município próximo) aponta que os invasores já haviam devastado por volta de 65 dos 9.300 hectares da terra indígena. Os invasores têm intimidado constantemente as lideranças Guarani Kaiowá para que devolvam as máquinas. A última intimidação aconteceu na tarde de ontem (dia 23), quando Hamilton Guarani Kaiowá foi ameaçado pelo mesmo grupo. A polícia ambiental já foi avisada e prometeu retirar o maquinário do local o mais breve possível." [notícia completa] [notícia na ADITAL]
sexta-feira, outubro 21, 2005
Racismo contra indígenas no Brasil é denunciado à ONU - Funai reage
No CIMI: "O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia, Doudou Diène, iniciou a sua viagem pelo Brasil na Capital Federal no dia 17 ouvindo denúncias feitas por representantes e entidades da sociedade civil que acusaram o governo e o Estado brasileiros de serem os maiores promotores de discriminação. Denúncia contundente foi feita pelo cacique do povo Krahô-Kanela, Mariano Ribeiro. Ele relatou o sofrimento de 96 pessoas Krahô-Kanela que há dois anos vivem confinadas em uma casa de 100 metros quadrados, no município de Gurupi, Tocantins, onde antes funcionava o depósito de lixo público da cidade. Mais de 80% vivem com uma verminose que pode levar a morte. Sem espaço para plantar ou ter com que sobreviver, os Krahô-Kanela reivindicam a mais de 20 anos 29,3 mil hectares de sua terra tradicional, chamada de Mata Alagada. Após ouvir Mariano Ribeiro, Diène afirmou que, assim como no Brasil, em outros países por onde já passou os índios são as principais vítimas do preconceito. "A discriminação contra os povos indígenas é o começo de tudo. No princípio, a discussão racista era se os índios tinham ou não uma alma humana. E é a partir da discriminação contra o índio que veio a discriminação contra o negro, por isso as duas estão intimamente ligadas", lembrou o relator da ONU. A visita passa ainda por Recife e Pesqueira, onde ele conhecerá a terra do povo Xukuru. Os primeiros resultados da viagem devem ser apresentados no dia 7 de novembro à ONU." [notícia completa]
quinta-feira, outubro 20, 2005
Relator da ONU colhe denúncias de racismo no Brasil
No CIMI: "O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia, Doudou Diène, iniciou a sua viagem pelo Brasil, na Capital Federal, ouvindo denúncias feitas por representantes e entidades da sociedade civil que acusaram o governo e o Estado brasileiro como os maiores promotores de discriminação. Na última segunda-feira (dia 17), representantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos, a ong "Enegrecer", o Conselho Indigenista Missionário, a Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos, lideranças do povo Krahô-Kanela e defensores dos direitos dos imigrantes apresentaram seus testemunhos ao relator da ONU." [notícia completa]
quarta-feira, outubro 19, 2005
«Funai mente sobre situação do povo Krahô-Kanela»
Do CIMI: "As posturas da Funai externadas na matéria "Índios Krahô-Kanela serão incluídos na reforma agrária", publicada pela Agência Brasil, trazem uma série de inverdades, demonstram a postura com que esta Fundação tem respondido à situação desse povo indígena, e mostram a forma discriminatória e preconceituosa que o órgão tem tratado os Krahô-Kanela. Ainda que a Funai concluisse que a terra não é tradicionalmente ocupada, a lei (Estatuto do Índio) diz que a Funai deveria encontrar uma área onde este povo possa viver. Áreas criadas nestas circunstâncias são as chamadas Reservas Indígenas. Ou seja, ainda que aquela terra não fosse dos Krahô, a Funai teria obrigação de resolver a questão porque se trata de uma população indígena. Mas a pior das inverdades divulgadas pela Funai é a de que os estudos antropológicos não consideraram a terra Krahô-Kanela, chamada por esse povo de "Mata Alagada", como terra tradicional." [comunicado completo]
O Vale do Javari pede socorro!
No CIMI: "Em protesto contra a actual situação da saúde indígena no Vale do Javari, considerada de total caos pelas lideranças da região, mais de cem indígenas dos povos Marubo, Mayoruna, Matis, Kanamari e Kulina, ocupam desde Sábado, 15/10, a sede administrativa da Funasa de Atalaia do Norte. A ocupação também é uma medida de protesto contra a partidarização daquele órgão de saúde indígena, que por determinação do actual Coordenador Regional da Funasa do Amazonas, Francisco Ayres, foi entregue para ser chefiado pelo coronel Cláudio Gomes, cunhado do Prefeito de Atalaia do Norte, Rosário Conte Galate Neto, antipatizado pelos indígenas por ter dado declarações preconceituosas e sempre se posicionar politicamente contra a causa indígena. "A Prefeitura de Atalaia do Norte nunca assumiu sua responsabilidade com a saúde indígena do Vale do Javari e o actual Prefeito é acostumado, inclusive, a incitar entre os brancos a violência contra os índios, portanto não será agora, em véspera de campanha eleitoral, que o coronel Cláudio Gomes, que também é cunhado do Prefeito, resolverá o problema dos índios. Nós conhecemos a sua intenção, que não é boa, por isso estamos de olhos bem abertos", diz o líder indígena Clóvis Rufino Reis Marubo." [notícia completa]
sexta-feira, outubro 14, 2005
Venezuela: Chávez expulsa missionários americanos
Na BBC Brasil: "O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou na quarta-feira a expulsão do país de um grupo missionário americano, New Tribes Mission, que prega o cristianismo para os povos indígenas. Chávez disse que os missionários são "imperialistas" e que se sente "com vergonha" de sua presença nas áreas indígenas da Venezuela. "O New Tribes está deixando a Venezuela", disse Chávez durante uma cerimônia para dar títulos de propriedade e equipamentos agrícolas para membros da comunidade indígena da Venezuela. O presidente acusou o grupo, com sede na Flórida, de fazer vôos não autorizados e de estabelecer acampamentos luxuosos em meio à pobreza da região." [notícia completa] [notícia na Folha Online a na Survival (castelhano)]
quarta-feira, outubro 12, 2005
Justiça de Porto Seguro concede liminar de reintegração de posse contra os Pataxó
No CIMI: "O juiz da Vara Cível e Comercial da Comarca de Porto Seguro, Dr. Márcio Mont'Alegre Publio de Souza, deferiu liminar de reintegração de posse a favor da Veracel Celulose, da fazenda "Água Vermelha B", retomada pelos índios Pataxó, liderados pela Frente de Resistência e Luta Pataxó, na madrugada do dia 27 de setembro de 2005. A área em questão é reivindicada pelos índios como parte de seu território tradicional e se encontra em processo de estudo através de um Grupo Técnico da Funai. Os Pataxó acusam a Veracel de invadir suas terras e de gerar danos ambientais com o uso indiscriminado de agrotóxicos, poluindo rios e ameaçando a integridade física das comunidades. A decisão do juiz de Porto Seguro revoltou a comunidade Pataxó, que alega incompetência desse Juízo no julgamento, uma vez que a questão indígena é de responsabilidade da Justiça Federal como determina a lei." [notícia completa]
terça-feira, outubro 11, 2005
Índios Tupinikim e Guarani desocupam Aracruz Celulose
No CIMI: "Depois de 30 horas de ocupação da sede administrativa do complexo industrial da empresa Aracruz Celulose, cerca de 300 índios Tupinikim e Guarani deixaram o local na sexta-feira, 07 de outubro, às 15:30hs, para uma audiência com o Presidente da FUNAI, Mércio Pereira Gomes, e o assessor especial do Ministério da Justiça, Marcelo Behar. Presente também o Diretor do Departamento de Assuntos Fundiários (DAF) da FUNAI, Arthur Nobre Mendes. Os indígenas que participaram da ocupação não causaram nenhum dano às instalações da empresa. Entretanto, a Aracruz adotou uma postura semelhante a utilizada por ditaduras militares, filmando e fotografando os participantes da ocupação e estudantes e representantes de movimentos sociais que, do lado de fora da empresa, acompanhavam a ação indígena, além de colocar policiais disfarçados como funcionários da empresa no meio do movimento para intimidar os presentes." [notícia completa]
segunda-feira, outubro 10, 2005
BRASIL: Índios ocupam empresa
Na ADITAL: "Lideranças indígenas Tupiniquin e Guarani ocupam a Aracruz Celulose em Espírito Santo. O objetivo é para manifestar publicamente a retomada de suas terras, que, até maio deste ano, estavam em poder da empresa. "Há mais de 35 anos que, as nossas terras estão invadidas por esta multinacional. As suas fábricas, hoje por nós ocupadas, estão construídas sobre a nossa antiga aldeia Macacos", declara a Comissão dos Caciques e Lideranças Tupinikim e Guarani. Os manifestantes responsabilizam a Aracruz Celulose pelos principais problemas que viveram durante os últimos anos. "Ela é responsável pela destruição dos rios, das matas, da terra e a quase desestruturação da nossa cultura e do nosso modo de vida". [notícia completa]
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