sexta-feira, novembro 03, 2006

Área mais desmatada da Amazônia só tem 23% de florestas virgens

Na Reuters Brasil: "RIO DE JANEIRO (Reuters) - A área mais antiga de ocupação humana da Amazônia possui somente 23 por cento de sua cobertura florestal intacta, mostrou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira. Os resultados servem de alerta para o que pode ocorrer no futuro com o restante da floresta se não forem tomadas medidas adequadas. O Centro de Endemismo Belém, que fica entre os Estados do Pará e Maranhão, é a área mais devastada da Amazônia brasileira, onde está grande parte das espécies ameaçadas de extinção do Pará. "A situação hoje no Centro de Endemismo Belém dá a melhor idéia do que pode acontecer no futuro nas outras regiões da Amazônia que ainda não passaram por esse processo intenso de colonização", disse à Reuters o biólogo José Maria Cardoso da Silva, vice-presidente de Ciência da Conservação Internacional do Brasil. Para o pesquisador, a paisagem que existe atualmente em alguns locais é de desolação. Há municípios que não possuem mais nada de floresta e ficaram sem nenhuma alternativa econômica, além disso possuem problemas de água e o solo está se erodindo. A região, que abrange 147 municípios (62 no Pará e 85 no Maranhão), conta com 41 áreas protegidas, sendo 27 unidades de conservação e 14 terras indígenas, que também correm risco, pois estão sob forte pressão de invasão e exploração. A área avaliada, por meio de imagens de satélite e pesquisas de campo, é estimada em 243 mil quilômetros quadrados, equivalente ao tamanho do Reino Unido. De acordo com os dados obtidos no estudo, feito por pesquisadores do projeto Biota Pará, uma parceria da Conservação Internacional com o Museu Paraense Emílio Goeldi, de 33 por cento dos remanescentes florestais encontrados, 23 por cento correspondem a floresta intacta e 10 por cento a florestas exploradas. Segundo o pesquisador, como grande parte das florestas dessa região já foi destruída e não tem mais recursos a oferecer, e a população é muito pobre, estão sendo invadidas terras indígenas e reservas ecológicas." [notícia completa]

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