Brasil: Mercúrio contamina áreas indígenas

N'O Liberal: "Além de contaminar 95% das crianças recém-nascidas investigadas nas maternidades do município de Itaituba, no oeste do Pará, o mercúrio também já está disseminado nas comunidades indígenas que vivem no entorno do rio Tapajós e seus afluentes. A principal etnia atingida é a mundurucu, que vive na reserva Mundurucânia, localizada nos municípios de Itaituba e Jacareacanga. No trabalho 'Poluição por mercúrio e saúde humana no Vale do Tapapós', os pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), Secretaria Executiva de Indústria, Comércio e Mineração do Pará (Seicom), Ambios Engenharia e Processos e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) embrenharam-se em comunidades ribeirinhas e indígenas em buscas de respostas à ameaça de uma tragédia semelhante à da Baía de Minamata, no Japão, na década de 50, acontecer na Amazônia. Foram estudadas quatro comunidades ribeirinhas - Brasília Legal, São Luís do Tapajós, Barreira e a aldeia indígena Mundurucu denominada Sai-Cinza - nas quais a dieta alimentar, pouco variada e muito pobre em verduras, tinha como principal fonte protéica o pescado. Em todas elas o consumo de peixes, medido pelo número de ingestões, é extremamente alto - variando de 11 a 14 vezes por semana, em média." [notícia completa]