terça-feira, julho 15, 2008
Índios Piripikura da Amazónia pedem socorro
Na Agência Amazónia de Notícias: "Nunca na história deste País se roubou tanta árvore de território indígena. Somente no mês passado, em apenas três dias de operação a Polícia Ambiental de Rondônia e os fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental apreenderam mais de 10 mil metros cúbicos de madeira na região de Cacoal e Espigão do Oeste, a cerca de 500 quilómetros de Porto Velho. Avaliava-se na ocasião a existência de pelo menos mais 10 mil metros cúbicos. O terceiro contacto com dois remanescentes indígenas Piripikura na margem esquerda do Rio Roosevelt completará um ano no próximo dia 7 de Agosto. Nada mudou de lá para cá, só piorou. Eles estão cercados por grileiros de terras portadores de armas contrabandeadas e ávidos caminhoneiros em busca de madeira para empresas que nem sempre são identificadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). E assim vem sendo delapidadas as últimas reservas de uma região que se estende até Colniza (noroeste mato-grossense)." [notícia completa]
sexta-feira, julho 11, 2008
Marcos Palmeira apresenta programa sobre índios yanomami
Na Folha Online: "Neste domingo (13), às 18h, o actor Marcos Palmeira apresenta, no sétimo programa da série "A'Uwe", da TV Cultura, o documentário brasileiro inédito "Missão Catrimani e Yanomami" (2004). O filme retrata os cursos e as relações nos centros de atendimento da Missão Catrimani, fundada e gerida por missionários da Consolata que, em 1947, entraram em contacto com os índios yanomami pela primeira vez. A Missão Catrimani deu nome a um dos territórios dentro da Terra Indígena Yanomami, no Estado de Roraima. A missão conta com um total de 505 indígenas, divididos em 12 grupos, e o complexo tem casas que servem de apoio para as missões de saúde. O programa semanal "A'Uwe" conta com 27 episódios sobre o universo indígena. A série da TV Cultura serve como um canal de divulgação e de discussão das questões indígenas do país." [notícia completa]
sexta-feira, julho 04, 2008
«Ninguém aceita que destruam as suas terras e casa»
No Diário de Notícias: "A 5 de Maio, "jagunços" entraram nas terras indígenas e fizeram explodir uma bomba artesanal. "Não mataram ninguém, mas deixaram dez pessoas feridas, incluindo uma criança de 12 anos", conta Jacir José de Sousa, do povo macuxi, que está em Portugal numa campanha de defesa das terras da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima (Brasil). Os indígenas não aceitam partilhar as terras com seis produtores de arroz que recusam deixar o seu território. "É uma questão da violência, da destruição do meio ambiente e principalmente da nossa terra", disse Pierlangela Nascimento, do povo wapixana. "Ninguém aceita que destruam as suas terras e as suas casas", acrescentou. "Isto afectará todos os indígenas do Brasil", porque se o Supremo Tribunal Federal revogar a demarcação de terras homologada pelo Presidente Lula da Silva, em 2005, isso abre um precedente jurídico. "Todos os povos indígenas do país vão depender desta decisão para a manutenção das suas terras", acrescentou Pierlangela." [notícia integral]
quinta-feira, julho 03, 2008
Antropóloga portuguesa lança livro sobre índios Tuoinambá
No Diário Digital: "Uma antropóloga portuguesa viveu um ano com os índios Tupinambá, no Brasil, para fazer um estudo e acabou por estar na base da luta dessa população pelo reconhecimento da terra indígena. Susana de Matos Viegas apresenta hoje, em Lisboa, o livro «Terra Calada - Os Tupinambá na Mata Atlântica do Sul da Bahia», que resulta do estudo que fez desse grupo indígena, dois dias depois de ter sabido que a candidatura dos índios para o reconhecimento da sua terra foi aceite pelo Governo brasileiro. Em declarações à Agência Lusa, disse estar satisfeita com o trabalho desenvolvido, que resultou da confiança que conseguiu transmitir e obter dos índios. «Fui convidada por eles para fazer um estudo antropológico de identificação da terra indígena, para que pudessem concorrer junto da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), do Governo brasileiro, ao reconhecimento da terra», explicou a antropóloga à Lusa." [notícia completa]
Brasil: Portugal pode ser determinante na luta dos índios pela sua terra e direitos
No SOL: "Portugal pode ser determinante na luta dos índios brasileiros pela sua terra, afirmaram hoje dois líderes indígenas, apelando ao governo português para que ratifique a Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sob direitos dos povos nativos. «Temos a convicção de que Portugal nos pode apoiar bastante porque conhece muito bem a nossa realidade. Esperamos a solidariedade da população, das instituições e do Governo português para a nossa causa», afirmou hoje numa entrevista à Agência Lusa a delegada indígena Pierlangela Cunha, da tribo Wapixana, pouco depois de ter chegado a Portugal." [notícia completa] [notícia no PÚBLICO]
quarta-feira, julho 02, 2008
Comité denuncia violência contra índios isolados
No Terra Magazine: "Os índios isolados da fronteira Brasil-Peru estão sendo vítimas de madeireiros ilegais que incendeiam suas malocas, os perseguem, capturam e assassinam, denuncia o Comité Indígena Internacional para a Protecção dos Povos Indígenas em Isolamento Voluntário da Amazónia, do Grande Chaco e Região Oriental do Paraguai (Cipiaci). O Comitê baseia-se em investigações de uma comissão integrada por dirigentes e técnicos do próprio Cipiaci, da Federação Nativa do Rio Madre de Dios (Fenamad) e da brasileira Associação Ashaninka Apiwtxa do Río Amônia." [notícia completa]
Indígenas da Raposa Serra do Sol recebem apoio do Papa
No SOL: "O papa Bento XVI garantiu hoje a dois líderes indígenas brasileiros que «tudo fará» para ajudar e proteger as suas terras na reserva da Raposa Serra do Sol, segundo noticiou hoje a rádio Vaticano. Na véspera de se deslocarem a Portugal para divulgar a campanha de defesa do direito da terra «Anna Pata, Anna Yan» (Nossa Terra, Nossa Mãe) e denunciar as violações e crimes de que dizem ser alvo na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, Norte do Brasil, os dois delegados entregaram uma carta ao Pontífice apelando à sua intervenção no conflito. «Faremos tudo o possível para vos ajudar a protegerem as vossas terras», afirmou Bento XVI, durante o encontro que foi mantido em sigilo a pedido do Vaticano, segunda adiantou a mesma rádio." [notícia completa]
terça-feira, julho 01, 2008
Líderes indígenas denunciam em Portugal crimes e violência de que são alvo
No SOL: "Dois líderes duma reserva indígena no Brasil chegam quinta-feira a Portugal para denunciar a violência e crimes de que são alvo no seu território e apresentar uma campanha de defesa do direito à terra. Com o objectivo de divulgar a campanha de apoio e solidariedade «Anna Pata, Anna Yan» (Nossa Terra, Nossa Mãe), Jacir José de Souza e Pierlangela Cunha chegam quinta-feira a Portugal para «apresentar as suas preocupações e debater com organismos governamentais, não-governamentais e com a sociedade civil a situação dramática que se vive na terra indígena Raposa Serra do Sol», explicou à Agência Lusa o padre Elísio Assunção, que coordena a visita." [notícia completa]
Senado italiano recebe delegação indígena
Na Fátima Missionária: "Associações italianas lançam apelo em Milão para retirada dos colonos brancos da Raposa Serra do Sol, Brasil. Pedem a Lula da Silva a "confirmação do decreto de homologação da terra indígena". Presentes os líderes do Conselho Indígena de Roraima, Jacir Souza e Pierangela da Cunha, em viagem pela Europa para promover a causa de seu povo, as associações «Missionários da Consolata» e «Impegnarsi Serve» lançaram um apelo para o envio de emailes ao presidente do Brail, Lula da Silva." [notícia completa]
quarta-feira, junho 25, 2008
Líderes indígenas apresentam causa em Londres
Na Fátima Missionária: "Jacir Souza e Pierlângela da Cunha, lideranças indígenas de Roraima, estão em Inglaterra"para lançar uma campanha para defender a nossa terra", a Raposa Serra do Sol. O primeiro dia da estada em Londres centrou-se em atender os meios de comunicação. De manhã cedo, os dois líderes deram uma entrevista ao grupo Pulse Films, que está a preparar um documentário sobre os movimentos resistentes aos processos de exclusão e resistência no mundo. O documentário deverá recolher histórias e lutas de todos os continentes e contará com a participação especial de Gael García Bernal, jovem actor mexicano de primeira linha." [notícia completa]
terça-feira, junho 24, 2008
Tribo da Amazónia afinal não era desconhecida
No SOL: "A tribo perdida da Amazónia, que fez correr tinta nos jornais há umas semanas atrás, afinal já tinha sido encontrada há quase um século. Tudo não passou de uma operação de marketing do fotógrafo, segundo o próprio confessou agora. O objectivo do ‘embuste’: chamar a atenção para os perigos da indústria madeireira. José Carlos Meirelles, o fotógrafo de 61 anos, e a agência para a qual trabalha reconheceram que a publicação das imagens foi feita de modo a que parecessem, de facto, uma tribo perdida." [notícia completa]
quarta-feira, junho 18, 2008
Índios de Roraima vão à Europa para reivindicar direitos sobre terras
Na Folha Online: "Líderes indígenas da região da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, iniciaram nesta quarta-feira (18) uma viagem europeia para reivindicar a manutenção dos direitos adquiridos sobre suas terras. A viagem começou na capital da Espanha, Madrid. Jacir José de Souza, índio macuxi da aldeia Lilás, e a professora Pierlângela Nascimento da Cunha, da etnia wapixana da comunidade de Barata, pediram o apoio dos governos e sociedades européias para a decisão que a Justiça brasileira tomará em breve sobre seu território." [notícia completa]
«CAMPANHA ANNA PATA, ANNA YAN»
No blogue 'O que subjaz': "Jacir José de Souza e Pierlângela Nascimento da Cunha, lideranças indígenas de Roraima, apresentaram hoje a Campanha 'Anna Pata Anna Yan' numa conferência de Imprensa, em Madrid, com os principais meios de comunicação da Espanha. Cerca de 20 meios, entre rádios, jornais, revistas e televisões participaram da conferência ou realizaram entrevistas particulares com as lideranças no dia de hoje." [post integral]
terça-feira, junho 17, 2008
Europa: Índios brasileiros buscam apoio internacional
Na Revista Além-Mar: "Índios representantes da reserva Raposa Serra do Sol, do Estado de Roraima, no Norte do Brasil, estão na Europa em busca de apoio internacional para a sua causa. O objectivo é divulgar a campanha «Anna Pata, Anna Yan», que significa «Nossa Terra, Nossa Mãe», cuja finalidade é pressionar o «Supremo Tribunal Federal» para que ratifique e faça cumprir o decreto de Homologação, assinado em Abril de 2005, pelo presidente Lula da Silva e que determina a retirada dos invasores (não índios) da reserva. Os índios procuram apoio para a defesa da sua terra, que foi invadida pelos arrozeiros que se recusam a sair. Batem a todas as portas para que se unam à sua causa. De 3 a 7 de Julho a embaixada estará em Portugal para expor a sua causa. Hajam portas que se abrem para escutar a voz dos índios!" [notícia completa]
segunda-feira, junho 16, 2008
Chile: «Libertad de Expresión para Elena Varela»
Acção Urgente da Amnistia Internacional: "La realizadora de documentales Elena Varela López se encuentra detenida en el Complejo Penitenciario de Rancagua, en la sexta región (centro de Chile). Estaba filmando un documental –para el que había estado investigando durante los últimos cuatro años– sobre el conflicto en torno al uso de la tierra que enfrenta a las empresas madereras y la comunidad indígena mapuche de Chile. Amnistía Internacional cree que las autoridades la han detenido en un intento de frenar las investigaciones sobre este conflicto y de intimidar tanto a ella como al pueblo indígena mapuche." [mais informação]
domingo, junho 15, 2008
Campanha Urgente: Embaixada indígena da Raposa Serra do Sol está na Europa
Na Fátima Missionária: "Os índios da Raposa Serra do Sol, Roraima, no norte do Brasil, estão na Europa à procura de apoios para a sua causa. Está a decorrer a campanha "Anna pata Annayan", que significa "Nossa Terra, Nossa Mãe". Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Itália e Portugal são as etapas da embaixada indígena de Roraima. Os índios procuram apoio para a defesa da sua terra, que foi invadida pelos arrozeiros que se recusam a sair. Batem a todas as portas para que se unam à sua causa. De 3 a 7 de Julho a embaixada estará em Portugal para expor a sua causa. Hajam portas que se abrem para escutar a voz dos índios! Com esta campanha, denominada "Anna pata Annayan", que significa "Nossa Terra, Nossa Mãe", os índios exigem que o Supremo Tribunal Federal ratifique e faça cumprir o decreto de Homologação, assinado em Abril de 2005, pelo presidente Lula da Silva. É necessário que os invasores sejam retirados da sua terra." [notícia completa]
quinta-feira, junho 12, 2008
Canadá pede desculpa histórica a indígenas
Na RNW: "O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, pediu desculpa formal aos povos indígenas do país, em 11 de junho, por mais de um século de abusos que eles sofreram nas Escolas Residenciais. Estes centros eram destinados a fazer crianças indígenas assimilarem a cultura branca. Milhares de crianças sofreram abusos nessas instituições. Conforme acordo com a organização Primeiros Povos do Canadá, o governo local concordou em pagar compensações às vítimas, restabelecer a verdade e tentar a reconciliação histórica. O sistema de Escolas Residenciais foi estabelecido em 1870. Era financiado pelo governo canadense e desenvolvido por diversas Igrejas. Durante um século, mais de 150 mil crianças nativas foram tiradas à força de suas famílias e enviadas a essas escolas." [notícia completa] [notícia no Diário de Notícias]
quarta-feira, junho 11, 2008
Governo do Canadá pede desculpas oficiais aos índios por discriminação
No G1: "O premiê do Canadá, Stephen Harper, pediu desculpas oficiais nesta quarta-feira (11) a dezenas de milhares de indígenas que sofreram durante anos abusos e discriminação. "A política de assimilação foi um erro, causou grandes danos e não tem lugar em nosso país", disse Harper diante da Câmara dos Comuns. "Foi um triste episódio da nossa história." [notícia completa]
terça-feira, junho 10, 2008
«Newen Mapu Che» - O documentário que assustou o Governo chileno
No PÚBLICO: "Elena Varela López foi detida em Maio, no Chile, quando filmava um documentário sobre a etnia índia Mapuche, que tenta resistir à invasão das suas terras ancestrais, pelas indústrias madeireira e mineira. As imagens que aqui se mostram fazem parte do trailer do documentário. Com partes já filmadas, a produtora do filme disponibilizou no You Tube, uma sinopse de "Newen Mapu Che, La Fuerza de la Gente de la Tierra". Os Mapuche, são a maior etnia presente no território chileno, estendendo-se ainda por partes da Argentina. A população contabiliza não mais de 630 mil pessoas. A jornalista foi presa a 6 de Maio, juntamente com outras quatro pessoas e todo seu material confiscado, depois de quatro anos de trabalho de campo, financiados pelo próprio Estado chileno." [vídeo legendado]
segunda-feira, junho 09, 2008
Cineasta detida desde Maio no Chile exige ser libertada
Artigo de Fernando Sousa, na edição impressa do PÚBLICO: "Elena Varela López receia que a polícia use o espólio do trabalho que fazia sobre a crise entre os mapuches e o Estado contra os seus entrevistados
No princípio de Maio a polícia chilena deteve e meteu nos calabouços da prisão de alta segurança de Rancagua uma documentalista, Elena Varela López, que trabalhava em casos incómodos. Mais de um mês depois ela continua detida, apesar dos protestos de realizadores e jornalistas e da organização Repórteres Sem Fronteiras. A imprensa de Santiago resume o caso, com base nas declarações oficiais, ou cala-o. É na Internet que a história corre.
"Escrevo-vos desta prisão sinistra e fria, onde não há árvores, nem flores, nem poesia, nem música, nem cantos", diz a jornalista na única carta que conseguiu escrever da cadeia onde não lhe permitem ler, ouvir rádio ou ver televisão. "Em nome da arte, da liberdade de expressão e da criação artística peço a minha liberdade", diz no fim.
Detida quando fazia um documentário sobre o drama da comunidade índia mapuche - "Newen Mapu Che, la fuerza de la gente de la tierra" - Elena Varela exige a restituição de todo o material que lhe foi confiscado. É que o espólio, já usado contra si, pode vir a ser utilizado contra as pessoas com quem falou.
A documentalista, com um largo currículo de obra feita na educação artística, fundadora de escolas de artes para crianças e jovens e autora de vários registos testemunhais, foi detida no dia 6 de Maio na sua casa em Licanray, perto do Lago Calafquén, no centro-sul do Chile, em circunstâncias que geraram protestos entre os colegas e cartas a La Moneda, sede da presidência chilena.
Os media noticiaram a detenção de Elena, e na altura de outras quatro pessoas, pelo seu alegado envolvimento em dois assaltos, um deles a um banco, em 2005, e ainda por terem recebido treino por parte do grupo de guerrilha colombiano Exército de Libertação Nacional, informação acompanhada na ocasião e nas semanas que se seguiram, por parte de procuradores, responsáveis governamentais e enfim da imprensa mais conservadora de expressões e comentários apontando para outros lados.
Por exemplo, um procurador referiu-se à qualidade "ex-mirista", o Movimento da Esquerda Revolucionária que atravessou a era de Salvador Allende e do regime militar, da documentalista. O porta-voz do Governo, Francisco Vidal, sugeriu que as autoridades culturais deveriam prestar de futuro mais atenção aos subsídios que concedem - "Newen" foi em parte apoiado pelo Conselho de Cultura (CNCA) e o Fundo Audiovisual (CORFU). E a antiga militância política da detida foi frequentemente título na imprensa, desde logo no diário El Mercúrio.
Detenção gera protestos
Duas semanas depois da prisão de Elena, vários intelectuais, incluindo dois prémios nacionais de Jornalismo, Faride Zéran e Juan Pablo Cárdenas, e um de Literatura, José Miguel Varas, exigiram um processo justo, a presunção de inocência e a liberdade provisória da documentalista. E, ao encontro da maior preocupação desta, o respeito e devolução por todos os registos confiscados numa "grave violação da liberdade de expressão, dos direitos de autor e do segredo profissional que protege as fontes de uma reportagem jornalística".
Em Paris, a organização Repórteres Sem Fronteiras escreveu uma carta à Presidente chilena, Michelle Bachelet, manifestando a sua inquietação sobre o caso. A mensagem sublinha em particular a circunstância da cineasta ter sido detida quando filmava "Newen" e de todo o seu material de trabalho ter sido apreendido.
A polícia levou consigo gravações, entrevistas, incluindo antigos militantes e actuais activistas mapuches, material de artes, bandeiras da época, lenços, cartazes, guiões, diários, livros. "[...] Duvido da forma e do uso que farão com estes relatos históricos, já que estão a utilizá-los contra mim para me envolverem numa história que não conseguiram resolver", escreve Elena na carta de Rancagua, onde compara a judiciária à antiga polícia política do regime do general Augusto Pinochet (1973-1990).
Elena Varela López estudava há quatro anos o conflito entre a comunidade mapuche, a principal etnia chilena, e as empresas florestais, principalmente na zona da Araucanía, ao lado de cujos interesses o Estado aparece muitas vezes. Os indígenas querem salvar as suas terras e os seus lugares santos, numa área cada vez mais devastada por madeireiros e mineiros. No pico da crise, chegaram a fazer ocupações e a incendiar camionetas, ao que os carabineiros responderam com vagas de detenções e mesmo a tiro.
Ainda vigora no Chile a legislação antiterrorismo feita durante a ditadura. "Newen Mapu Che", cuja parte feita pode ser vista no YouTube, era para ser sobre tudo isto.
"Em nome da arte, peço a minha liberdade!"
Elena López escreveu no dia 14 de Maio da sua cela em Rancágua uma carta ao Conselho da Cultura e ao Fundo Audiovisual, em que pede a sua libertação, de que publicamos excertos:
"[...] Escrevo-vos desta prisão sinistra e fria, onde não há árvores, nem flores, nem poesia, nem música, nem cantos."
"[...] Há anos, desde que comecei a dar-me conta de que existiam as coisas bonitas da natureza.[...] Mas não existem só essas coisas saborosas na vida. Também há injustiças, há histórias tristes na nossa humanidade."
"[...] Na minha criação busquei as histórias de grupos sociais e políticos que sofreram atropelos em matéria de direitos humanos ou outro tipo de processo político, cultural e social. Pela minha câmara passaram todo o tipo de actores sociais, personagens, alguns perseguidos antes e agora. Porque sou documentalista, sou cineasta e sou artista."
"[...] Em nome da arte, peço a minha liberdade!"
No princípio de Maio a polícia chilena deteve e meteu nos calabouços da prisão de alta segurança de Rancagua uma documentalista, Elena Varela López, que trabalhava em casos incómodos. Mais de um mês depois ela continua detida, apesar dos protestos de realizadores e jornalistas e da organização Repórteres Sem Fronteiras. A imprensa de Santiago resume o caso, com base nas declarações oficiais, ou cala-o. É na Internet que a história corre.
"Escrevo-vos desta prisão sinistra e fria, onde não há árvores, nem flores, nem poesia, nem música, nem cantos", diz a jornalista na única carta que conseguiu escrever da cadeia onde não lhe permitem ler, ouvir rádio ou ver televisão. "Em nome da arte, da liberdade de expressão e da criação artística peço a minha liberdade", diz no fim.
Detida quando fazia um documentário sobre o drama da comunidade índia mapuche - "Newen Mapu Che, la fuerza de la gente de la tierra" - Elena Varela exige a restituição de todo o material que lhe foi confiscado. É que o espólio, já usado contra si, pode vir a ser utilizado contra as pessoas com quem falou.
A documentalista, com um largo currículo de obra feita na educação artística, fundadora de escolas de artes para crianças e jovens e autora de vários registos testemunhais, foi detida no dia 6 de Maio na sua casa em Licanray, perto do Lago Calafquén, no centro-sul do Chile, em circunstâncias que geraram protestos entre os colegas e cartas a La Moneda, sede da presidência chilena.
Os media noticiaram a detenção de Elena, e na altura de outras quatro pessoas, pelo seu alegado envolvimento em dois assaltos, um deles a um banco, em 2005, e ainda por terem recebido treino por parte do grupo de guerrilha colombiano Exército de Libertação Nacional, informação acompanhada na ocasião e nas semanas que se seguiram, por parte de procuradores, responsáveis governamentais e enfim da imprensa mais conservadora de expressões e comentários apontando para outros lados.
Por exemplo, um procurador referiu-se à qualidade "ex-mirista", o Movimento da Esquerda Revolucionária que atravessou a era de Salvador Allende e do regime militar, da documentalista. O porta-voz do Governo, Francisco Vidal, sugeriu que as autoridades culturais deveriam prestar de futuro mais atenção aos subsídios que concedem - "Newen" foi em parte apoiado pelo Conselho de Cultura (CNCA) e o Fundo Audiovisual (CORFU). E a antiga militância política da detida foi frequentemente título na imprensa, desde logo no diário El Mercúrio.
Detenção gera protestos
Duas semanas depois da prisão de Elena, vários intelectuais, incluindo dois prémios nacionais de Jornalismo, Faride Zéran e Juan Pablo Cárdenas, e um de Literatura, José Miguel Varas, exigiram um processo justo, a presunção de inocência e a liberdade provisória da documentalista. E, ao encontro da maior preocupação desta, o respeito e devolução por todos os registos confiscados numa "grave violação da liberdade de expressão, dos direitos de autor e do segredo profissional que protege as fontes de uma reportagem jornalística".
Em Paris, a organização Repórteres Sem Fronteiras escreveu uma carta à Presidente chilena, Michelle Bachelet, manifestando a sua inquietação sobre o caso. A mensagem sublinha em particular a circunstância da cineasta ter sido detida quando filmava "Newen" e de todo o seu material de trabalho ter sido apreendido.
A polícia levou consigo gravações, entrevistas, incluindo antigos militantes e actuais activistas mapuches, material de artes, bandeiras da época, lenços, cartazes, guiões, diários, livros. "[...] Duvido da forma e do uso que farão com estes relatos históricos, já que estão a utilizá-los contra mim para me envolverem numa história que não conseguiram resolver", escreve Elena na carta de Rancagua, onde compara a judiciária à antiga polícia política do regime do general Augusto Pinochet (1973-1990).
Elena Varela López estudava há quatro anos o conflito entre a comunidade mapuche, a principal etnia chilena, e as empresas florestais, principalmente na zona da Araucanía, ao lado de cujos interesses o Estado aparece muitas vezes. Os indígenas querem salvar as suas terras e os seus lugares santos, numa área cada vez mais devastada por madeireiros e mineiros. No pico da crise, chegaram a fazer ocupações e a incendiar camionetas, ao que os carabineiros responderam com vagas de detenções e mesmo a tiro.
Ainda vigora no Chile a legislação antiterrorismo feita durante a ditadura. "Newen Mapu Che", cuja parte feita pode ser vista no YouTube, era para ser sobre tudo isto.
"Em nome da arte, peço a minha liberdade!"
Elena López escreveu no dia 14 de Maio da sua cela em Rancágua uma carta ao Conselho da Cultura e ao Fundo Audiovisual, em que pede a sua libertação, de que publicamos excertos:
"[...] Escrevo-vos desta prisão sinistra e fria, onde não há árvores, nem flores, nem poesia, nem música, nem cantos."
"[...] Há anos, desde que comecei a dar-me conta de que existiam as coisas bonitas da natureza.[...] Mas não existem só essas coisas saborosas na vida. Também há injustiças, há histórias tristes na nossa humanidade."
"[...] Na minha criação busquei as histórias de grupos sociais e políticos que sofreram atropelos em matéria de direitos humanos ou outro tipo de processo político, cultural e social. Pela minha câmara passaram todo o tipo de actores sociais, personagens, alguns perseguidos antes e agora. Porque sou documentalista, sou cineasta e sou artista."
"[...] Em nome da arte, peço a minha liberdade!"
segunda-feira, junho 02, 2008
'O seu a seu dono'
Esclarecimento: O jornalista Altino Machado alertou o Tupiniquim para a origem da notícia e das fotos da tribo de índios isolados que têm enchido os títulos dos jornais. O Tupiniquim limitou-se a reproduzir algumas notícias, sem se aperceber que as agências haviam-se apropriado indevidamente da história, facto que lamentamos. Mais sobre esta polémica no blogue http://altino.blogspot.com/.
sábado, maio 31, 2008
EUA: Índios do Minnesota compram terra para restaurar pradarias
Na Visão: "Prior Lake, EUA, 31 Mai (Lusa) - Um terreno onde antes crescia milho e soja está agora coberto de malmequeres e centeio selvagem, entre outras espécies de vegetação e de flores que os pioneiros viram quando chegaram às pradarias do Oeste americano no século XIX. A pequena amostra de pradaria, próxima de um condomínio nos subúrbios de Minneapolis, no estado norte-americano do Minnesota, não surgiu por acaso, resultando de um autêntico "trabalho de restauro" levado a cabo pelos índios Shakopee Mdewakanton, uma tribo Sioux. Os índios Shakopee Mdewakanton têm, nos últimos anos, investido na terra parte dos lucros provenientes da gestão do casino de Mystic Lake, que funciona desde 1992 a cerca de 50 quilómetros da zona central de Minneapolis e é a maior sala de jogo do Minnesota, gerando milhões de dólares à tribo índia." [notícia completa]
Uma tribo perdida na floresta amazónia
No Diário de Notícias: "Uma clareira no meio da floresta Amazónia, junto à fronteira entre o Brasil e o Peru, revela seis malocas (cabanas) e um grupo de 15 índios. Os corpos pintados de vermelho vivo, o tom das sementes do urucum, as flechas apontadas para o avião Cessna Skylane que os sobrevoa tirando as primeiras fotografias desta tribo que vive isolada e afastada do contacto com a civilização. O objectivo é alertar para os perigos que ameaçam estes grupos: a exploração ilegal de madeiras e a invasão de terras." [notícia completa]
sexta-feira, maio 30, 2008
Para líder indígena, Vale do Javari passa por «genocídio silencioso»
Na Agência Brasil: "Manaus - Um grupo de seis lideranças indígenas do Vale do Javari (AM) estará em São Paulo segunda-feira (2) para tratar de questões relacionadas à saúde dos povos indígenas que vivem nessa região, juntamente com representações de organizações governamentais e não-governamentais, como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde do Vale do Javari, Jorge Marubo, eles também vão se encontrar com uma equipe de advogados que irá orientá-los a respeito das providências que pretendem tomar para tentar reverter o quadro de doenças, como hepatite, que continua atingindo os índios que vivem no local e causando mortes." [notícia completa]
Foto de índios atacando avião lembra imagem polémica de 1944
No Estadão: "SÃO PAULO - A divulgação de fotos de índios de uma tribo isolada no Acre atirando flechas contra um avião relembra um episódio de grande repercussão no Brasil nos anos 40, quando a revista O Cruzeiro publicou uma reportagem assinada pela polémica dupla formada pelo repórter David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon. Intitulada "Enfrentando os chavantes", a reportagem publicada na edição de 24 de Junho de 1944 tinha como principal ilustração uma foto dos índios atacando o avião que sobrevoava uma aldeia na região de Xingu, no Mato Grosso." [notícia completa]
Brasil revela fotos de uma das últimas tribos isoladas da Amazónia
Na EuroNews: "A Fundação Nacional do Índio, no Brasil revelou esta sexta-feira as primeiras fotografias de uma das últimas tribos da Amazónia sem contacto com o resto do mundo. Há vinte anos que os investigadores observavam a esta aldeia onde vivem cerca de duzentas e cinquenta pessoas. Desta vez, os responsáveis resolveram mostrar as fotografias para chamar a atenção sobre as ameaças que pesam sobre os indígenas. A tribo vive no Acre, perto da fronteira com o Peru. Segundo a fundação, existem na região quatro etnias isoladas, num total de quinhentos índios." [notícia completa e vídeo]
quinta-feira, maio 29, 2008
Grupo de índios é fotografado pela 1ª vez no Acre

Manifestações de índios prosseguem em três Estados
No Correio do Estado: "As manifestações de tribos índigenas continuam em três Estados. Em Mato Grosso do Sul, a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Dourados continua fechada desde anteontem. Os 27 caciques que ocuparam o prédio querem a demissão da administradora regional, Margarida Nicoletti, e sua substituição por um indígena." [notícia completa]
Funai alerta para extermínio de índios na fronteira com o Peru
No Último Segundo: "Rio de Janeiro, 29 mai (EFE).- A Fundação Nacional do Índio (Funai) advertiu hoje que tribos indígenas que vivem completamente isoladas na floresta amazónica estão sendo "dizimadas" na fronteira com o Peru e se refugiam no Brasil. A Funai e a organização Survival International divulgaram hoje raras fotos destas comunidades, que não distinguem fronteiras, tiradas no estado do Acre. As fotos aéreas foram feitas entre 29 e 30 de Abril e 1º e 2 de maio, explicou à Agência Efe o coordenador da Frente de Protecção Etnoambiental da Funai, José Carlos dos Reis Meirelles." [notícia completa]
segunda-feira, maio 26, 2008
México: Crescem denuncias sobre ações do exército em comunidades zapatistas
Na ADITAL: "O Centro de Direitos Humanos Frei Bartolomeu de Las Casas (Frayba) vem acompanhando as crescentes denúncias das comunidades sobre as acções do Exército Mexicano na Zona Norte do país. O temor dos moradores se deve ao fato de que o exército começou a se posicionar em diferentes pontos do estado, além de realizar uma constante mobilização via terrestre, como não se via há vários anos. "O Centro expressa sua preocupação pela presença dos efectivos militares nessa área, dado o possível risco de agressões às comunidades, portanto exigimos que as autoridades federais e estaduais protejam em todo momento a integridade física e emocional dos moradores e retirem imediatamente o exército mexicano de tais comunidades tanto pelo risco de confrontos, como pela ilegalidade de sua presença na área", afirmam em comunicado." [notícia completa]
domingo, maio 25, 2008
Conflitos por posse de terra atingem 10 reservas indígenas
Na Folha Online: "Conflitos envolvendo povos indígenas não são especificidade da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, ou dos índios caiapós do Pará, que na semana passada agrediram o engenheiro da Eletrobrás Paulo Fernando Rezende. Ele sofreu um corte profundo no braço direito. Actividades irregulares de agronegócio, extracção ilegal de madeira, garimpos, grilagem e cooptação de índios por fazendeiros são alguns dos problemas em pelo menos dez reservas. Os conflitos ocorrem na maioria em terras já homologadas pelo governo federal e que constam nos registos da Funai (Fundação Nacional do Índio) como regularizadas. A regularização é a última etapa legal do processo envolvendo uma área indígena. Esse é o caso de Raposa/Serra do Sol. Mas a Folha localizou denúncias em outras reservas na mesma situação legal, como as terras Maraiwatsede, Parque do Araguaia, Apyterewa e Ianomâmi." [notícia completa]
sexta-feira, maio 23, 2008
Brasil: Protesto contra construção de hidroeléctrica no Pará reúne cerca de 3.000 índios e activistas
Na RTP: "Brasília, 23 Mai (Lusa) - Cerca de 3.000 pessoas, entre indígenas e activistas de movimentos ambientalistas e sociais, participaram hoje, em Altamira, Oeste do Pará, num acto público contra a construção no rio Xingu da hidroeléctrica de Belo Monte, segundo os organizadores. "Foi um dos maiores protestos indígenas dos últimos 20 anos", disse à Lusa, por telefone, o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) do Pará, um dos órgãos organizadores do encontro "Xingu Vivo Para Sempre", que desde segunda-feira discutiu o impacto dos projectos energéticos na região amazónica." [notícia completa]
segunda-feira, maio 19, 2008
Brasil: Tribos amazónicas protestam contra barragens hidroeléctricas em reserva indígena
Na RTP: "Lisboa, 18 Mai (Lusa) - Tribos da Amazónia reúnem-se segunda-feira na maior manifestação dos últimos vinte anos, em Altamira, Brasil, contra a construção de barragens hidroeléctricas numa das maiores reservas indígenas do país, avançou à Lusa uma organização envolvida no protesto. Fiona Watson, da organização internacional de defesa dos povos indígenas `Survival`, sedeada no Reino Unido, disse à Agência Lusa que "mais de mil índios de várias etnias, populações ribeirinhas e agricultores" vão participar no protesto entre 19 e 23 de Maio, em Altamira, Estado do Pará, nordeste do Brasil." [notícia completa]
Brasil: Índios guarani ocupam área nobre em Niterói e geram polémica ao reivindicarem a restinga como terra indígena
Na Lusa: "Rio de Janeiro, Brasil, 18 Mai (Lusa ) - A restinga de Camboinhas, uma das regiões mais valorizadas de Niterói, a 50 quilómetros do Rio de Janeiro, é actualmente palco de uma grande polémica entre indígenas de origem guarani e órgãos públicos e moradores da área. De um lado, os 38 índios que estão a ocupar há dois meses a restinga reivindicam o reconhecimento da área de 180 hectares, o equivalente a 200 campos de futebol, como reserva indígena e de preservação ambiental. De outro, os moradores reclamam contra a invasão da terra da União e alegam que os indígenas estão a destruir uma área de reserva ambiental." [notícia completa]
domingo, maio 18, 2008
Meirelles do lado dos índios pela preservação das reservas
No Diário Digital: "O realizador brasileiro Fernando Meirelles, conhecido pela sua luta pelas causas sociais, defendeu hoje o direito dos índios brasileiros preservarem as suas terras e alertou para a necessidade de se preservar as reservas indígenas. Apesar de desconhecer a manifestação que as tribos da Amazónia estão a preparar para segunda-feira, em Altamira, Estado do Pará, por se encontrar fora do Brasil há alguns dias, Fernando Meirelles disse ser a «favor das reservas indígenas enormes». «A floresta está preservada se estiver entregue aos índios. Se eles começarem a perder a terra, ela vai ser ocupada pela soja e pelo gado», disse o realizador em Lisboa, à margem da visita que fez hoje à exposição «José Saramago. A Consistência do Sonho», durante a qual esteve acompanhado pelo Prémio Nobel da Literatura." [notícia completa]
sexta-feira, maio 09, 2008
História: Homem ocupava o continente americano há mais de 14.000 anos
Na RTP: "Washington, 09 Mai (Lusa) - Novos indícios, entre eles indícios de algas marinhas descobertas no sítio arqueológico no Sul do Chile, indicam que os humanos se estabeleceram na América há mais de 14 mil anos, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista Science. Os indícios foram encontrados no sítio chileno de pesquisas arqueológicas de Monte Verde, descoberto em 1976 e localizado perto de um ribeiro a cerca de 50 quilómetros da costa. Estas algas remontam a um período de entre 14.220 a 13.980 anos, segundo a datação efectuada com carbono 14, e confirmam que a camada superior do solo, Monte Verde II, era ocupada por humanos, mais de mil anos antes de qualquer colonização por membros do povo dito da cultura Clóvis." [notícia completa]
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