terça-feira, fevereiro 10, 2009

Índios acusados de canibalismo no Brasil

No Portugal Diário: "Índios da etnia Kulina estão a ser acusados de esquartejar e comer os restos de um jovem num ritual de canibalismo na cidade de Envira (região de Amazonas, no Brasil). Em entrevista à CNN, o agente Maronilton da Silva Clementino afirmou que pelo menos cinco índios encontram-se foragidos. Segundo o jornal «Folha de S. Paulo», a vítima é um homem de 19 anos, morto na semana passada. Os índios terão fugido depois de passarem algumas horas detidos e podem ter-se refugiado na tribo, o que os protege das autoridades." [notícia completa]

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Indígenas acusam Farc de assassinarem 8 índios na Colômbia

No G1: "Bogotá, 9 fev (EFE).- Pelo menos oito indígenas do povoado colombiano Awa foram assassinados por supostos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em um assentamento do departamento de Nariño, sudoeste, informaram hoje porta-vozes da minoria em Bogotá. O presidente da Organização Nacional Indígena da Colômbia (Onic), Luis Evelis Andrade, disse à Agência Efe que as autoridades Awa puderam confirmar a morte de oito aborígenes por parte dos rebeldes, mas que temem pelo destino de outros dez." [notícia completa]

Morales anuncia três eleições em 14 meses na Bolívia

Na Reuters Brasil: "LA PAZ (Reuters) - O presidente Evo Morales anunciou na segunda-feira um plano para realizar duas eleições e um referendo em 14 meses, o qual lhe permitirá acelerar a transformação da estrutura política da Bolívia para adequá-la à nova Constituição "plurinacional" e socialista. O presidente indígena apresentou o programa mediante um projeto de lei enviado ao Congresso, sob a ameaça de recorrer a decretos para pôr em curso os processos eleitorais caso o Legislativo não aprove a norma em um prazo de dois meses, como dispõe a nova carta magna." [notícia completa]

domingo, fevereiro 08, 2009

Encontrados restos indígenas de 2000 anos na Argentina

Na AFP: "BUENOS AIRES (AFP) — Agricultores da província argentina de Santa Fé (centro-leste) encontraram, durante uma escavação, restos ósseos e objetos que, segundo especialistas, podem ter entre 1.500 e 2.000 anos de antigüidade, informou a imprensa local neste domingo. Os restos arqueológicos foram encontrados em um pasto, próximo da lagoa El Palmar, perto da cidade da Reconquista (750 km ao norte), de acordo com o jornal "El Litoral", em sua versão on-line." [notícia completa]

Morales diz que não mudou formato do nariz para preservar identidade indígena

No G1: "La Paz, 8 fev (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje que decidiu manter o formato de seu nariz para preservar sua identidade indígena. Morales foi submetido a uma intervenção cirúrgica na última semana para correção do desvio de septo nasal. "Vocês sabem que fui operado e alguns jornalistas disseram que eu estava melhorando meu nariz. A cirurgia não era para melhorar meu nariz, mas para desentupi-lo", afirmou o líder." [notícia completa]

PF e Ibama investigam carga de madeira apreendida por índios

No Midiamax: "Fiscais do Ibama em Mato Grosso do Sul junto com a Polícia Federal esteveram neste final de semana na reserva indígena Kadiweu, na região de Bodoquena, para apurar a origem de um carregamento de madeira barrado pelos índios na madrugada de quinta-feira passada. O resultado da operação deve ser anunciado nesta segunda-feira. O caminhão que transportava a madeira, uma F-4000, foi interceptado pelos próprios índios da reserva que comunicaram o fato à direção da Funai em Bonito." [notícia completa]

Morales empossa primeiro gabinente plurinacional boliviano

No G1: "LA PAZ, 8 Fev 2009 (AFP) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, empossou neste domingo o "primeiro gabinete plurinacional" após a promulgação no sábado de uma nova Constituição com a qual pôs em vigor o "socialismo comunitário" em seu país, o mais pobre da América do Sul. "O gabinete representa o Estado plurinacional com a presença de ex-catedráticos, ex-assessores da força sindical Central Operária, ex-dirigentes do movimento de camponeses indígenas, intelectuais, catedráticos, companheiros aymaras e quechuas (as etnias mais importantes do país)", disse Morales." [notícia completa]

Tembés serão pagos para conservar a floresta

No Diário do Pará: "Os índios Tembé e uma empresa norte-americana estão prestes a fechar um acordo que garantirá o pagamento de recursos, dentro do mercado internacional de créditos de carbono, para que a floresta seja mantida em pé dentro da área da reserva Alto Rio Guamá, no Pará. Esse foi o resultado de um encontro realizado na sede do Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia, Poema, na Universidade Federal do Pará, durante a realização do Fórum Social Mundial em Belém. Desde o ano passado, os índios Tembé vêm negociando um projeto de créditos de carbono com a empresa privada C-Trade, especializada em projetos de créditos de carbono florestais e energias renováveis." [notícia completa]

sábado, fevereiro 07, 2009

Índios são indiciados após canibalismo em aldeia do AM

No Terra: "A Polícia Civil indiciou os índios da etnia Kulina conhecidos como Antônio Dedé, Socorro, Todomar e Macaquinho. Eles são acusados de matar e esquartejar Océlio Alves de Carvalho, 21 anos, há três dias no município de Envira (AM) a 1.215 km de Manaus, na aldeia Cacau. Além de esquartejar, os quatro indígenas ainda são acusados de terem comido parte das vísceras da vítima em um ritual de canibalismo. As informações são do delegado do município, sargento José Carlos Corrêa. Segundo o delegado, o rapaz, que não era indígena, tinha um bom relacionamento com os índios. "Ele tinha saído para conduzir o gado na estrada, se encontrou com os índios e foi pra aldeia. E não mais voltou", disse o delegado. A notícia do crime teria sido anunciada pelos próprios índios, que passaram a comentar com os moradores da aldeia, onde moram cerca de 190 famílias kulina." [notícia completa]

«Um despertar de mágicos»

No PÚBLICO de 1 de Fevereiro, por Fernando Sousa:
"Os bolivianos aprovaram uma Constituição onde bate o coração das comunidades indígenas. Há um movimento de fundo na região

A aprovação há uma semana da nova Constituição na Bolívia, a primeira indigenista do mundo, reavivou a questão dos povos originários na América Latina. Há ali um despertar de mágicos. Não todo igual, mas há.
O diário espanhol El País escrevia no dia a seguir à consulta boliviana que a wiphala, a bandeira do império inca, foi vista ao vento em vários povoados do Noroeste da Argentina. O símbolo tem sete cores, do vermelho ao azul, ou da terra ao espaço cósmico. Vale a pena ver o resto das cores e perceber uma série de coisas.
Falar da questão indígena é falar dos territórios das comunidades dos avós, e dos avós dos avós, mais tudo o que neles nasce, cresce, a cultura que abarca isso, que as populações querem legar aos filhos tão puros como receberam porque as leis são insuficientes ou simplesmente não existem.
O caso argentino nem é o mais tenso. A Constituição, de 1994, reconhece a diaguitas, guaranis, wichis, tobas, kollas ou mapuches muitos dos direitos que reivindicam.
Na Venezuela e no Equador, as leis constitucionais já vão muito ao encontro dos nativos. O exemplo equatoriano é, aliás, bom: depois da confusão dos últimos anos da década de 1990 e dos primeiros desta, e dos aproveitamentos que Lúcio Gutiérrez (2003-2005) fez das maiorias esquecidas e ansiosas por um líder, uma solução, a poderosa confederação indígena parece ter alinhado com o Presidente socialista Rafael Caldera. As reivindicações continuam mas sem recontros.
As autoridades paraguaias também têm feito algum esforço de inclusão de alguns direitos indígenas. Por exemplo, a maior parte da população fala guarani, a segunda língua oficial depois do castelhano. Mas os nativos continuam à margem do poder branco ou mestiço e com muita dificuldade em manter as suas terras.
E os casos mais ou menos pacíficos acabam por aqui: o resto são tensões mais ou menos controladas.
Ondas de protesto
O Peru e a Colômbia, dois dos países com Constituições favoráveis às suas comunidades índias, enfrentam ondas de protestos. Os motivos são, para resumir, dois: a fluidez do mero reconhecimento institucional dos direitos em causa e o incumprimento do Convénio 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Declaração das Nações Unidas sobre Povos Indígenas.
A norma da OIT garante os direitos territoriais, sociais, culturais e económicos dos povos autóctones; a outra recomenda, por exemplo, que não haja operações militares nas zonas protegidas.
Na Amazónia peruana, os indígenas lutam desde Agosto pela derrogação de vários decretos que promovem o investimento privado nas suas terras. O Governo de Alan García argumenta que o convénio não dá às comunidades o direito de vetar actividades nos seus territórios e vem argumentando que a declaração da ONU não tem carácter vinculante.
Perder a fé
Post-it: como aconteceu no Equador, com Gutiérrez, o eleitorado andino torceu por Alejandro Toledo (2001-2006), no Peru, e vibrou com a sua patética tomada de posse no Machu Pichu, para depois se arrepender e perder a fé nos presidentes do país.
O problema colombiano é pior: o Estado não cumpre o diploma da OIT, que também assinou, como continua a recusar a adesão à declaração da ONU. No primeiro caso, não submete sequer aos indígenas os projectos de investimento privados nas suas terras. No segundo, por não ser parte, não se acha obrigado a parar as actividades militares nos seus territórios.
Entre os 44,6 milhões de habitantes do país, 1,6 são indígenas, apanhados no fogo da guerra entre outros às FARC, os rebeldes comunistas. O conflito mata um nativo em cada 53 horas. Se tivesse aderido ao diploma, Bogotá teria de suspender as operações ou pelo menos de falar com as tribos. Foi este um dos contextos da revolta indígena de há três meses.
No Chile, o levantamento mapuche está ao rubro embora não se note. Activistas de uma das nações mais irredutíveis do continente estão permanentemente em revolta - e a ir para a prisão, quando não são mortos. O problema é o mesmo dos outros lados: a terra. Mas aqui agravado pela impiedosa aplicação de leis antiterroristas do tempo da ditadura militar que continuam em vigor.
Outro imbróglio: o México. O país foi dos primeiros a ratificar o Convénio 169 da OIT, em 1990. A revolta de Chiapas obrigou-o a olhar para as suas minorias, no fim de 1993, e a reconhecer a pluriculturalidade da sociedade mexicana e os direitos dos naturais na revisão constitucional de 2001. Mas o Estado continua a insistir que é ele, e só ele, que deve determinar o destino das terras dos maias e de outros.
A população mexicana ascende a 105 milhões de pessoas. Destas, 11 milhões são indígenas, dispersos por 62 etnias, tão apegadas como as outras da América Latina às suas terras. E se por agora estão em paz, podem deixar de estar, como aconteceu, quando ninguém esperava, há 15 anos, quando os camponeses tzotziles e de outros grupos do subcomandante Marcos irromperam por aldeias e cidades de uma noite para a outra.
Por fim o caso dos índios da Raposa Serra do Sol, no Brasil, ilustra como os povos originários também estão a levantar voz num dos países mais problemáticos da região. Reclamaram do seu direito à terra, o Presidente Lula da Silva pôs-se ao seu lado e o Supremo Tribunal de Justiça decidiu a ser favor.
Os magistrados acharam em substância que a demarcação contínua do território índio era essencial ao modo de vida dos seus habitantes, contra o que queriam os fazendeiros. Só ficou de fora o acesso das forças de segurança à zona se for caso disso e esse outro problema, que sobra, que é o dos direitos de exploração dos recursos naturais, em nome da "soberania" nacional. A questão ainda não acabou, mas é difícil que recue.
Pelas terras e pela vida
A causa da Raposa Serra do Sol é só um exemplo. A luta indígena no Brasil, pelas terras e pela própria vida - a violência contra os povos nativos caiu 40 por cento em 2008 mas mesmo assim 53 pessoas ainda foram assassinadas durante o ano -, é diária. A capacidade de mobilização das organizações de direitos humanos dedicadas ao problema é enorme. Aproveitam todas as oportunidades para falarem de si. Se for caso disso, até acampam na Baixa de São Paulo. E mandam embaixadas ao estrangeiro.
Um dos exemplos desse activismo está aí, no Fórum Social de Belém. Dois mil índios participaram nos trabalhos, incluindo muitos líderes comunitários da Argentina, Peru, Venezuela, México e Estados Unidos. Um dos pontos altos foi quando todos dançaram com dirigentes africanos com problemas semelhantes em volta da frase "Salvem a Amazónia", que não é só por onde respira o mundo, é também onde respiram milhares de indígenas." [notícia completa]

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Morales mudará estrutura do Governo com promulgação de Carta Magna

No G1: "La Paz, 6 fev (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, promulgará amanhã a nova Constituição do país, aprovada em referendo em 25 de janeiro e cujo primeiro efeito será a remodelação do Governo para adaptar o Poder Executivo à Carta Magna. O vice-presidente Álvaro García Linera confirmou hoje que, após a promulgação, a primeira medida do Governo para se adaptar à nova Constituição será modificar sua estrutura interna, o que necessariamente implicará mudanças nos ministérios. "O fundamental é que a primeira medida do Governo será adequar a estrutura organizacional do Poder Executivo ao que requer e manda a nova Constituição", disse García Linera ao receber da Corte Nacional Eleitoral (CNE) os resultados da apuração oficial do referendo." [notícia completa]

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

ONG diz que índios da Amazônia fogem de madeireiros

No Abril.com: "Redação Central, 5 fev (EFE).- Cerca de 300 indígenas nômades da comunidade Awa, da Amazônia, fogem das retroescavadeiras que cortam a floresta, afirmou hoje em Madri a ONG Survival International, que promove uma campanha para, segundo ela, proteger esta tribo, que afirma ser uma das últimas autenticamente nômades do Brasil." [notícia completa]

Campanha quer salvar índios isolados no MA da «aniquilação»

Na Gazeta do Sul: "A ONG Survival International lançou ontem uma campanha mundial para "salvar da aniquilação" indígenas brasileiros da tribo awá, em especial grupos nômades que vivem isolados. Os awá vivem em quatro reservas no Maranhão. São cerca de 300 indivíduos, dos quais estima-se que cerca de 60 sejam nômades isolados. A campanha inclui enviar cartas ao Banco Mundial, União Europeia e Parlamento Europeu para pressionar o Brasil a resolver os problemas fundiários na região." [notícia completa] [notícia no G1]

Activistas maoris atacam primeiro-ministro da Nova Zelândia

No SOL: "O dia nacional da Nova Zelândia ficou marcado por um incidente em Waitangi, onde dois activistas da etnia maori atacaram o primeiro-ministro. O governante não ficou ferido mas o caso ilustra as tensões raciais vividas na nação do Pacífico. O incidente ocorreu em Waitangi, localidade onde, em 1840, foi assinado o tratado de paz entre os colonos britânicos e os indígenas Maori. À chegada, o primeiro-ministro encontrou uma manifestação em que se denunciava que o documento, que concede direitos iguais a europeus e maoris, não está a ser cumprido pelo Estado." [notícia completa]

Indígenas da Venezuela terão agência de notícias própria

Na Ansalatina: "CARACAS, 5 FEV (ANSA) - Os indígenas da Venezuela terão uma agência de notícias própria, com o objetivo principal de divulgar fatos relacionados a suas comunidades e a sua cultura, segundo anunciou nesta quinta-feira o coordenador da Rede Nacional de Porta-vozes Indígenas da Venezuela, Jesús González. A agência, que começará a funcionar a partir de julho deste ano, estará "a serviço das populações originárias do país", esclareceu o porta-voz. "Sabemos que temos a capacidade de manter informado todo o território nacional", informou González à agência estatal venezuelana ABN." [notícia completa]

Índios isolados do MA estão ameaçados por madeireiras, alerta ONG

No G1: "A exploração ilegal de madeira e a invasão de reservas por agricultores pode eliminar os últimos índios Awá que vivem isolados no Maranhão, alerta a ONG inglesa Survival International. A instituição lançou uma campanha para pressionar autoridades brasileiras e estrangeiras a proteger esses povos. Segundo a Survival, cerca de 300 Awás – também conhecidos como Guajás – já tiveram contato com os não-índios e vivem dentro de reservas na Amazônia maranhense. Outras 60 pessoas, no entanto, nunca se comunicaram com o mundo exterior, e formariam uma das últimas tribos brasileiras a viver de forma nômade, dependendo apenas da caça, pesca e coleta de vegetais para sobreviver." [notícia completa]

sábado, janeiro 31, 2009

Grupo de 30 índios do Vale do Javari invadiu tenda de debate

No Bem Paraná: "Um grupo de 30 índios do Vale do Javari, no Amazonas, invadiu uma das tendas de debate do Fórum Social Mundial (FSM) para protestar contra a morte de indígenas por hepatite nas tribos da região e denunciar a falta de solução por parte da Fundação Nacional do Índio (Funasa) e do Ministério da Saúde. O grupo interrompeu um debate da Fundação Perseu Abramo, na tenda Cuba 50 anos, e subiu ao palco para denunciar o surto da doença, que, segundo as lideranças, atinge seis etnias desde a década de 80. “Queremos chamar a atenção porque estamos morrendo e se ninguém tomar providências esses povos serão extintos em 20 ou 30 anos”, afirmou o líder Jorge Marubo." [notícia completa]

Índios da Amazônia pedem ajuda européia por saúde melhor

Na Lusa: "Belém, 31 jan (Lusa) - Índios da Amazônia brasileira entregaram neste sábado um documento com pedido de ajuda ao Parlamento Europeu (PE) para denunciar as precárias condições de saúde de seis tribos que vivem isoladas no Vale do Javali, no Estado do Amazonas. Cerca de três dezenas de indígenas forçaram a entrada na sala de imprensa do Fórum Social Mundial, em Belém, para reivindicar acesso à saúde. "Estamos a fazer um apelo ao Parlamento Europeu. Nós contamos com esse apoio para denunciar o que o Estado brasileiro está a fazer ao seu povo. Não temos mais a quem falar. Estamos a morrer", disse um representante das comunidades indígenas da Amazônia brasileira, Jorge Marubó." [notícia completa]

Os índios liderados por um aymara

No Diário de Notícias: "O país que deve o nome ao herói das independências da América, Símon Bolívar (1783-1830), é uma mescla de culturas indígenas, que representam mais de 70% da população e mantêm a sua língua e cultura próprias. Num território com mais de um milhão de quilómetros quadrados (o dobro de Espanha), vive uma minoria branca, outra de mestiços e ainda 37 grupos étnicos. Os principais são os aymaras, que representam 32% da população de 9,3 milhões de habitantes, e os quechuas (18%). Nas últimas décadas, têm vindo a ganhar representação política, de tal forma que em 2005 foi eleito o primeiro presidente indígena no país, Evo Morales, um aymara." [notícia completa]

Luta de um aborígene para acabar com o Dia da Invasão na Austrália

No Diário de Notícias: "Mick Dodson. Formado em Direito, este defensor dos aborígenes pretende que os australianos mudem o Dia Nacional de 26 de Janeiro - data em que os primeiros britânicos chegaram à ilha e a que os indígenas chamam Dia da Invasão - para 13 de Fevereiro - aniversário do pedido de desculpas do actual primeiro- -ministro, Kevin Rudd. Este já disse "não". [notícia completa]

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Fórum Social pede fim da devastação da Amazônia e apoio a índios

No G1: "Belém (Brasil), 28 jan (EFE).- O Fórum Social Mundial manifestou hoje sua solidariedade aos índios da Amazônia, protagonistas do primeiro dia de debates do encontro e que chamaram a atenção para o "desastre" que as indústrias provocarão devastando a floresta. O primeiro dia de conferências do fórum na cidade de Belém foi dedicado quase integralmente aos problemas do maior pulmão verde do planeta, que, segundo dados de movimentos sociais, perdeu um quinto de sua extensão nos últimos 40 anos. O que o Fórum Social Mundial batizou como "Dia Pan-Amazônico" começou com uma série de rituais de índios de Brasil, Bolívia, Equador e Peru, que ergueram tótemes na sede do fórum e invocaram a Mãe Natureza em meio a fumaças de incenso e milhares de ativistas." [notícia completa]

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Índios libertam chefe da Funai em Roraima

No G1: "Os índios Macuxi que ocupam a sede da Funai em Boa Vista (RR) liberaram, na noite desta terça-feira (27), o administrador substituto da fundação, Petrônio Oliveira. O prédio da instituição foi ocupado à tarde por cerca de 200 indígenas contrários à demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol. Os manifestantes exigem que a Funai compre 60 passagens aéreas para que eles possam ir a Brasília conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)." [notícia completa]

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Quilombolas querem mostrar ao mundo quem cuida da Amazónia

Na Agência Brasil: "Belém - Populações quilombolas do Pará e de outros estados começam a chegar à capital paraense para participar do nono Fórum Social Mundial (FSM). Para abrigar os cerca de 700 quilombolas esperados para o encontro, foram montados dois grandes galpões de lona. Cerca de 50 já estão no local, onde foram montadas estruturas de ferro onde eles poderão pendurar as redes onde vão dormir até domingo (1º). Quem não tiver redes dormirá em colchonetes. Segundo Idália Teles, uma das coordenadoras do espaço, os quilombolas virão majoritariamente de comunidades do Amazonas, Maranhão e Bahia. O acampamento é organizado por entidades que defendem os direitos quilombolas, como o Centro de Estudos e Defesa do Negro, no Pará, e o Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso. Daniel Souza, do Quilombo do Trombeta, no oeste do Pará, disse que, durante o fórum, sua comunidade pretende mostrar ao mundo que são os índios e os quilombolas que de fato cuidam da Amazônia. Para ele, as comunidades dos quilombos foram esquecidas pelo governo e pela sociedade." [notícia completa]

Referendo fortalece poder indígena na Bolívia

No Último Segundo: "O presidente Evo Morales parecia certo de uma vitória fácil no referendo realizado no domingo a respeito de uma nova constituição que busca dar maior poder aos índios locais. O voto concluiu três anos de esforços de Morales em revisar um sistema político que associa com séculos de subjugação indígena. Citando uma contagem preliminar dos votos, reportagens na televisão nacional disseram que cerca de 60% dos eleitores aprovaram a nova constituição. Se a margem se mantiver ou aumentar, ela irá fortalecer o mandato de Morales, afirmaram analistas políticos locais." [notícia completa]

Bolívia vota referendo ao socialismo indígena

No DN: "Chamaram-lhe o referendo que decide "que tipo de país será a Bolívia". Ontem, quase quatro milhões de eleitores foram às urnas para se pronunciarem sobre a proposta de uma nova Constituição que permitiria ao Presidente Evo Morales apresentar-se a um novo mandato, além de dar mais direitos aos índios. As sondagens anteriores ao escrutínio davam uma vitória do "sim". O apoio da população ameríndia (60%) deveria ser suficiente para fazer passar o projecto do Chefe de Estado, ele próprio de etnia aymara, para ficar mais cinco anos no Palácio Quemado. A nova Constituição cria mecanismos para garantir uma maioria indígena em todas as instituições do Estado. Além disso, reforça o poder do Estado na gestão dos recursos naturais e decreta a separação do Estado da Igreja Católica." [notícia completa]

sábado, janeiro 24, 2009

PF poderá intervir em conflito entre índios e colonos em SC

No Globo: "BRASÍLIA - O conflito por terras entre agricultores e índios no município de Itaiópolis, no norte de Santa Catarina, poderá sofrer intervenção da Polícia Federal. O caso já está sendo analisado pela Justiça, que ainda deverá tomar uma decisão sobre o assunto. Os grupos disputam a região, que tem uma grande área de reflorestamento, a reserva Duque de Caxias, que abrange Itaiópolis e mais 3 cidades, e foi ampliada há quase 6 anos por um decreto do Ministério da Justiça. Os índios ainda não tomaram posse da terra porque a questão está sendo discutida judicialmente." [notícia completa]

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Índios mostram seus projetos na Campus Party

No Terra.br: "Sete índios de diferentes etnias estão acampados na Campus Party Brasil, que acontece até domingo em São Paulo. Eles fizeram contato com a organização do evento para que pudessem transmitir as palestras e novidades para a rádio Web Indígena, uma estação na internet que os índios administram em seu blog (webbrasilindigena.org). A organização do evento não só concedeu o direito à transmissão, como incluiu os índios na programação, no espaço Campus Verde, que debate a tecnologia, o meio-ambiente,a reciclagem e a inclusão digital." [notícia completa]

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Autoextermínio ainda assombra as aldeias indígenas situadas em Mato Grosso do Sul

No Midiamax: "Parece notícia repetida, velha, copiada de edições anteriores, mas na noite desta quarta-feira, 21 de janeiro de 2009, uma índia guarani kaiowá foi achada morta enforcada numa aldeia de Amambai, cidade sul-mato-grossense situada aos arredores da fronteira com o Paraguai, a uns 340 quilômetros da capital Campo Grande. Ela tinha 55 anos de idade, era avó. De janeiro a dezembro de 2008, 34 índios mataram-se de modo igual, isto é, uma média de três mortes a cada mês, volume que supera em 50 por cento os casos registrados em 2007, quando foram anotados 22 suicídios nas aldeias indígenas de MS." [notícia completa]

Alanis Morissette faz show em Manaus e visita tribo de índios curumins

No Abril.com: "A cantora canadense se apresentou para seis mil pessoas no primeiro dos 11 shows que fará no Brasil pela turnê "Flavors of Entanglement". Alanis Morissette fez em Manaus, na noite de quarta-feira, o primeiro show da turnê pelo Brasil. Ela cantou para um público de seis mil pessoas e elogiou a capital do Amazonas. "Vocês vivem num dos mais belos lugares do mundo", disse a cantora canadense durante a apresentação." [notícia completa]

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Índios invadem madeireira no Alto Vale

No Diário Catarinense: "Cerca de 200 índios invadiram uma madeireira no município de Vitor Meirelles, no Alto Vale do Itajaí, na tarde desta quarta-feira. Policiais foram enviados à área para evitar confrontos com agricultores. O grupo indígena é da reserva Duque de Caxias, em José Boiteux, o mesmo que ocupou uma fazenda em Itaiópolis, Planalto Norte, na semana passada. Eles querem o aumento oficial da área da reserva de 14 mil para 37 mil hectares, espaço que abrangeria os municípios de Itaiópolis, Doutor Pedrinho e Vitor Meireles." [notícia completa]

Direito à terra vira pesadelo para índios Münküs

Na Agência Amazónia de Notícias: "BRASÍLIA – Contatados em 1971, os Münküs (ou mynkys e manokis) vivem momentos difíceis em Brasnorte, 567 quilômetros a noroeste de Cuiabá, na microrregião do Aripuanã. A exemplo do entorno do Parque Nacional do Xingu, na região leste mato-grossense, os sobreviventes desse povo indígena viram chegar à região levas de migrantes que plantaram muitas lavouras de milho, soja, girassol e algodão. Também extraíram madeira de lei. A pecuária de corte também prospera, com a engorda de cerca de 350 mil cabeças." [notícia completa]

sexta-feira, janeiro 16, 2009

MS registrou 75% dos assassinatos de índios em 2008

No Estadão: "SÃO PAULO - O Estado de Mato Grosso do Sul liderou em número de mortes violentas de indígenas registradas em 2008 pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Levantamento preliminar que comparou os dados do ano passado com os de 2007 mostra que o Estado apresentou 74 casos, dos quais 40 foram assassinatos e 34, suicídios. Sozinho, o Estado representou 75% dos assassinatos de indígenas registrados no País. Já o número de suicídios cresceu 54% ante 2007, quando foram registrados 22 casos no Estado. No País, o levantamento do Cimi aponta uma diminuição em cerca de 40% nos assassinatos: de 92 casos, em 2007, para 53, no ano passado." [notícia completa]

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Violência contra povos indígenas caiu 40% em 2008, diz Cimi

No Portal Amazónia: "BRASÍLIA - O Conselho Indígena Missionário (Cimi) divulgou os dados preliminares do relatório sobre as violações dos direitos indígenas em 2008. As informações apontam uma queda de 40% nos casos registrados em relação ao ano anterior. Segundo o Cimi, além dos assassinatos, ocorreram casos de agressões aos povos indígenas motivadas por disputa econômicas e de terras, como o embate na região da reserva Raposa Serra do Sol. Foram pelo menos 53 indígenas mortos durante o ano em nove estados brasileiros. Em 2007 o número foi de 92 assassinatos. Em Roraima, onde arrozeiros e indígenas aguardam a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a validade da demarcação da Terra Indígena, dez índios ficaram feridos em conflito com os arrozeiros." [notícia completa]

Pelo menos 53 índios foram assassinados em 2008

Na Gazetaweb: "Pelo menos 53 índios foram assassinados durante o ano de 2008, segundo informações que constam de um levantamento preliminar sobre as violações dos direitos indígenas, elaborado anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O total de ocorrências já identificados pela organização representa uma redução de cerca de 40% em comparação aos números de 2007, quando, conforme o próprio Cimi, pelo menos 92 índios foram assassinados. O resultado, segundo o vice-presidente do organismo, Roberto Liebgott, é reflexo de ações de proteção às áreas indígenas já homologadas e da maior mobilização dos índios." [notícia completa]

terça-feira, janeiro 06, 2009

PF investiga se índios mataram vaqueiros em fazenda

Na Tarde Online: "A Polícia Federal de Ilhéus esteve no final da tarde desta terça-feira, 6, na Fazenda Iracema, no distrito de Mundo Novo, em Pau Brasil (a 551 km de Salvador), para averiguar as mortes dos vaqueiros Antônio Nery Nascimento, 44 anos, e Alberto Soares de Oliveira, 40, ocorridas na manhã de segunda-feira, 5. Índios pataxós hã-hã-hãs estão sendo apontados como suspeitos. Segundo informações do gerente da fazenda, Reginaldo Santana, os dois vaqueiros estavam no pasto quando foram surpreendidos com vários tiros. O administrador relatou ainda que a fazenda foi invadida por mais de 30 índios, que estavam escondidos no mato. "Eles deflagraram mais de 50 tiros", contou." [notícia completa]

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Explosão de granada mata 5 indígenas na Colômbia

No JC Online: "Pelo menos cinco indígenas foram mortos e mais de 60 ficaram feridos após a explosão de uma granada em uma festa de ano-novo, segundo informações da polícia colombiana. O incidente ocorreu na noite da quarta-feira (31), perto da cidade de Valledupar, no departamento (estado) de Cesar, 660 quilômetros ao norte de Bogotá, informou o diretor da polícia, o general Orlando Páez Baron. [...] Inicialmente pensou-se em um atentado, disse Nevid Carrillo, chefe da tribo dos kankuama, mas depois chegou-se a conclusão que foi um descuido mortal de um dos participantes da festa, que deixou cair na pista de baile uma granada de mão." [notícia completa]

quarta-feira, dezembro 31, 2008

Bolívia: Povos Indígenas comemoram ano novo com rituais típicos

Na AnsaLatina: "LA PAZ, 31 DEZ (ANSA) - As celebrações de fim de ano na Bolívia começaram nesta quarta-feira, quando os descendentes de povos indígenas esperavam a chegada de 2009 com rituais tradicionais para a mãe terra e rituais da limpeza espiritual e energização. O sacerdote Don Fulián, que vive na cidade de El Alto, próximo a La Paz, onde uma grande parcela dos habitantes são migrantes do campo, explicou que costuma ofertar no ano novo ocidental uma mesa para a Pachamama, a mãe terra. A oferenda consiste em queimar em uma fogueira figuras simbólicas feitas de açúcar, com as quais se pretende atrair a sorte de Pachamama, divindade que é reverenciada como a grande protetora da etnia aymara, da qual pertence o presidente boliviano, Evo Morales." [notícia completa]