quarta-feira, maio 12, 2004
Direitos das indígenas ameaçados
Na Radio Nederland: "As mulheres nativas morrem mais cedo, têm mais filhos e, freqüentemente, são vítimas de ameaças dos homens dentro ou fora de suas comunidades. Este inventário negativo da situação feminina entre os 370 milhões de indígenas, espalhados em 70 países no mundo, está em balanço na terceira sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas para Assuntos Indígenas. Cerca de mil representantes destes povos de todo o mundo participam do encontro de onze dias em Nova Iorque, que tem como tema principal este ano os direitos das mulheres nativas. Participam do encontro, que prossegue até 21 de maio, representantes de governos, das maiores agências da ONU, além, é claro, de organizações indígenas e de mulheres. "A violência contra a mulher indígena chegou a um nível inaceitavelmente alto", reclama a delegada Shierley McPherson, aborígene da Austrália, participando do encontro promovido pela ONU. Shierley apela para que este fórum das Nações Unidas inclua em sua plataforma a rejeição a práticas tradicionais que denigrem mulheres nativas, tais como as promessas de garotas jovens em casamento com homens idosos. Ela defendeu que a ONU assuma este papel, pois não há nenhuma instância que possa resolver os problemas decorrentes destas práticas culturais antigas. Já Stella Tamang, do Nepal, líder da Organização Indígena Internacional Feminina, denominada Caucus, reclamou, no Fórum da ONU, que as mulheres nativas são vítimas de discriminação e violência por razões de gênero, raça e cultura. Tamang diz que está atingindo números alarmantes os casos de nativas vendidas para a prostituição, o que, como ela diz, "não é parte de nenhuma tradição de povos nativos". O problema da mulher indígena tem início já a primeira fase da vida. O Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, comprova isso em números, mostrando que os índices de desnutrição são mais altos entre as meninas nativas, em comparação com os garotos das mesmas comunidades. Ao crescer, sofrem sem o direito à escolaridade, engrossando os índices de analfabetismo. Os problemas aumentam com a idade, desembocando na hora do parto, quando enfrentam mais ameaça de morte do que as mulheres de comunidades não indígenas nas regiões próximas." [notícia completa]
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