segunda-feira, julho 12, 2004
Povos indígenas em isolamento voluntário
Segundo as Nações Unidas, os cerca de 64 povos indígenas que vivem em total isolamento nas florestas da América do Sul estão condenados a uma extinção gradual. A organização está preocupada com a sobrevivência de povos como os tagaeri, huaorani, taromenane, corubo, amamhuaca, mashco, kineri, nahua e kugapakori, entre outros, que vivem na Bolívia, Equador e Peru. Os coruba, por exemplo, têm apenas 40 elementos, enquanto que os mashco serão entre 20 a 100 pessoas. A língua amamhuaca é falada apenas por 720 indígenas, 500 no Peru e os restantes no Brasil. O último contacto com os tagaeri, o grupo com o mais exigente isolamento voluntário, ocorreu em Julho de 1987, no Equador, quando dois missionários perderam a vida ao tentar convence-los a permitir a entrada de empresas petrolíferas no seu território. Depois deste incidente, os tagaeri abandonaram os seus lares e embrenharam-se na selva. Para os indígenas, as empresas petrolíferas, madeireiras e mineiras são "fantasmas da morte", devido rasto tóxico que vão deixando, contaminando os rios e a floresta, considerados como fonte de vida para estas comunidades. Os Governos de alguns países reconheceram os direitos dos povos indígenas. O Brasil foi um dos primeiros a caminhar para a adopção de uma política de criação de reservas territoriais para povos que vivem em isolamento voluntário, classificando-as como zonas interditas às empresas e aos migrantes. A Colômbia, o Equador e o Peru procuram caminhar nesse sentido. [Fonte: Centro de Información de las Naciones Unidas para México, Cuba y República Dominicana e Noticias Aliadas]
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