segunda-feira, janeiro 26, 2004

Arte: Museu Nacional de Etnologia inaugura a exposição «Com os Índios Wauja»

Na LUSA: "Os utensílios criados por uma tribo de índios da Amazónia - máscaras, panelas e cestos - constituem a exposição "Com os Índios Wauja: objectos de uma colecção amazónica", patente a partir de quarta-feira no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa. A mostra, com inauguração agendada para as 18:30, revela todo o processo de constituição de uma colecção de objectos, desde o trabalho no terreno até à exposição das peças, passando pela recolha e catalogação dos utensílios. Também será editado um livro/catálogo da exposição, em inglês e português, que resulta de um trabalho do antropólogo brasileiro Aristóteles Barcelos Neto. As duas vertentes da apresentação da mostra ao público - a edição do livro e a exposição - são o culminar de um projecto que se iniciou aquando da preparação da mostra "Os Indíos, Nós". Esta exposição realizada pelo Museu Nacional de Etnologia em 2000 contemplou no seu programa uma investigação com trabalho de campo prolongado orientada para a aquisição de elementos da cultura material dos índios da tribo Wauja, localizada no Parque Natural de Xingu, em Matogrosso, Brasil. A mostra engloba "cerca de 100 peças, de um total de 500 que constituem a colecção, nas quais se incluem panelas, cestos e máscaras, estas em grande maioria", revelou à Agência Lusa Paulo Maximino, do Museu Nacional de Etnologia. Segundo a mesma fonte, "a exposição incide principalmente sobre o ritual de cura denominado `apapaatai', que consiste na realização de uma festa para curar a pessoa doente. As máscaras não passam de ritual para ritual, é sempre necessário criar novas máscaras". A par das máscaras, vão estar também em destaque as grandes panelas "makula" e "nukãi", junto das quais se encontram as embalagens, feitas de grades de paus e de entrançados de fibras vegetais e fios de algodão, com que foram transportadas até chegarem ao museu. Algumas destas panelas guardam ainda restos de mandioca cozinhada, trazidos para a exposição pelos artefactos relacionados com o cultivo e modo de preparação daquele vegetal, como os desenterradores, o pilão, o torrador, as pás de beiju e peneiras. No entanto, não foi possível integrar na exposição todos os objectos desejados, como é o caso das panelas do chefe Atamai, que o próprio líder da tribo considerou "indisponíveis". Os responsáveis da exposição optaram então por fotografar as panelas, que podem ser vistas no livro/catálogo. A par das panelas, também alguns cestos - por estarem a ser utilizados pela tribo - não vieram, tal como aconteceu com as principais flautas utilizadas pelos Wauja. A opção neste caso foi a de gravar o som dos instrumentos, que podem ser ouvidos numa composição executada pelo antropólogo brasileiro e que serve de música de fundo na sala de exposições. A exposição "Com os Índios Wauja" significa também a entrada de uma nova colecção nos acervos do museu. A mostra está patente no Museu Nacional de Etnologia, pelo menos até ao final de Abril, podendo ser visitada às terça-feira das 14:00 às 18:00 e de quarta-feira a domingo das 10:00 às 18:00."

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Brasil: Confrontos entre índios e fazendeiros fazem dois feridos

Na LUSA: "São Paulo, 22 Jan (Lusa) - Duas pessoas ficaram feridas em confrontos entre cerca de 250 índios guaranis e caiovás e 300 fazendeiros numa estrada perto da cidade de Japorã, no Estado de Mato Grosso do Sul, foi hoje noticiado oficialmente. O incidente, em que um índio e um fazendeiro foram atingidos por tiros, ocorreu quarta-feira e foi o mais grave desde que os índios iniciaram a ocupação de fazendas na região. Desde Dezembro, 14 fazendas já foram invadidas na área. A Justiça Federal brasileira ordenou a desocupação das terras até à passada terça-feira, mas, dos cerca de três mil índios que entraram nas propriedades, mil ainda permanecem na área, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai). Na quarta-feira, uma desembargadora do Tribunal Regional Federal (TRF), Consuelo Yoshida, decidiu suspender a ordem de reintegração de posse das fazendas, determinando a criação de oito comissões, com a participação da Funai, do Ministério Federal e dos índios, para tentar solucionar o conflito. Segundo um dos líderes da invasão, Gumercindo Fernandes, os índios estão dispostos a permanecer na área e a enfrentar mesmo a polícia. "Se vierem de helicóptero, vamos derrubar à flechada ou com as armas que vamos tomar dos fazendeiros", advertiu. As autoridades federais brasileiras e estaduais de Mato Grosso do Sul decidiram mobilizar cerca de 600 polícias, dois helicópteros e dois aviões para a desocupação das terras e a Polícia Federal solicitou também apoio logístico ao Exército." [notícia]

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Brasil: Nova reserva de índios compromete segurança no norte do país

Na LUSA: [20/01/04] "São Paulo, 20 Jan (Lusa) - A demarcação de uma reserva de índios comprometerá a segurança da fronteira Norte entre o Brasil, a Guiana e a Venezuela, consideram as Forças Armadas brasileiras. O jornal O Estado de São Paulo, citando fontes dos serviços secretos das Forças Armadas brasileiras, refere hoje que a reserva indígena Raposa do Sol, no Estado de Roraima, dificultará o controlo da fronteira. Os militares temem que a demarcação da reserva dificulte a presença de dois pelotões do Exército que actualmente fazem a vigilância da fronteira na região. O Estado de Roraima foi palco, nas últimas semanas, de um grande protesto da população contrária à demarcação da reserva indígena Raposa do Sol. A reserva terá 1,7 milhões de hectares, a 13/a maior área indígena do Brasil, e será destinada aos índios Uapixana, Macuxi, Ingaricó, Taurepangue e Patamona. Apesar dos protestos da população, que praticamente fez paralisar a capital de Roraima, Boa Vista, o Governo brasileiro garantiu a continuidade dos trabalhos de demarcação da reserva. Actualmente, existem no Brasil 618 reservas indígenas que ocupam uma área equivalente a 12,44 por cento de todo o território brasileiro. O Brasil tem uma população indígena estimada em 400 mil índios de 215 diferentes etnias." [notícia]

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Brasil: Juiz federal condena invasão de fazendas por índios Guarani-Kaiwá

Na LUSA: "A invasão de 14 fazendas por índios que reclamam a posse das suas terras ancestrais foi hoje condenada por um juiz federal brasileiro. O juiz Odilon de Oliveira deu um prazo de três dias à Fundação Nacional do Índio (Funai), que depende do Ministério da Justiça brasileiro, para negociar a retirada dos cerca de 3.000 índios Guarani- Kaiwá. Se o conflito não ficar resolvido no prazo indicado, a Polícia Federal (PF) tem ordens para intervir. Apesar de já ter anunciado que irá decorrer da decisão do juiz, o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, chega na sexta- feira ao Mato Grosso do Sul para uma designada "missão de paz". A missão tem início com uma reunião com o governador do MS, Zeca do PT, na qual será discutida a criação de um comité coordenado pelo Ministério da Justiça. Os índios, pela sua parte, anunciaram que irão oferecer resistência a qualquer tentativa para os retirarem da região, próxima da fronteira do Brasil com o Paraguai. Se não for conseguida uma solução negocial, um porta-voz da PF já anunciou que o prazo de três dias decretado pelo juiz Odilon de Oliveira não é suficiente para retirarem todos os índios das fazendas invadidas. Os Guarani-Kaiwá decidiram, a 22 de Dezembro passado, reocupar 1.250 hectares de fazendas do Mato Grosso do Sul, áreas que consideram imemoriais e de onde foram expulsos pelas frentes de desenvolvimento e expansão agropecuária. Ao abrigo da Constituição Brasileira de 1988, todos os territórios índios deveriam ter ficado demarcados num prazo de cinco anos, mas até à data apenas 30 por cento foram delimitados."

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Missionários Continuam Sequestrados no Brasil

No PÚBLICO: "Os três missionários raptados na terça-feira no Brasil por defenderem a causa indígena contra os interesses de fazendeiros locais ainda não foram libertados. Embora a sua libertação estivesse inicialmente prevista para quarta-feira, continuavam ontem detidos, disse ao PÚBLICO o padre Mário Campos, um dos cinco portugueses que também são membros do Instituto Missionário da Consolata. Os padres raptados são um espanhol, um brasileiro e um colombiano." [notícia completa]

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Três Missionários Raptados no Brasil

No PÚBLICO: "Três missionários foram anteontem raptados por grupos ligados aos fazendeiros da zona da Raposa-Serra do Sol, uma área indígena no Norte do Brasil, que faz fronteira com a Venezuela. De acordo com o Instituto Missionário da Consolata, a que pertencem os dois padres e o irmão levados de madrugada da missão de Surumú, os raptados podem ter sido sujeitos a maus tratos e terão estado presos a umas árvores. Em declarações à AFP, um porta-voz dos raptores, Jonas Marculino, desmentiu essa informação, dizendo que os missionários estavam a ser bem tratados. A libertação dos reféns estava prevista para ontem à tarde (hora local, já depois do fecho desta edição), depois da intervenção da polícia e do embaixador de Espanha em Brasília, já que um dos raptados é espanhol - além de um brasileiro e um colombiano: os padres Ronildo França e César Avellaneda e o irmão João Carlos Martinez, que estavam todos na missão, situada na zona indígena do Estado. O embaixador espanhol chegou a ameaçar que se deslocaria hoje ao local, se até ontem ao fim do dia o padre não fosse libertado. O padre Mário Campos, português, que também trabalhava na missão, seria um dos alvos dos raptores, mas não estava na missão na noite da invasão. Em causa está um conflito que opõe um grupo de grandes proprietários de plantações de arroz à maior parte das comunidades indígenas. Estas pretendem que o Presidente Lula assine a homologação da área Raposa-Serra do Sol, para que possam ali desenvolver a sua vida e subsistência. Apesar das promessas de campanha, Lula ainda não assinou o decreto." [notícia completa]

Brasil: Agricultores e índios protestam contra reserva índigena em Roraima

Na LUSA: "Manifestações de agricultores e índios contrários à homologação de uma área indígena no Roraima estão a abalar desde terça-feira aquele estado do Norte do Brasil que faz fronteira com a Venezuela, anunciou o governo. As manifestações, que envolveram o encerramento de pontes e estradas de acesso à capital do Roraima, Boa Vista, foram organizadas principalmente por produtores de arroz com plantações dentro da reserva que terão de se retirar da área após a sua homologação. Apoiados por um grupo minoritário de índios contrários à demarcação, os fazendeiros invadiram também a aldeia indígena de Surumu, fazendo reféns três religiosos estrangeiros (dois padres e um missionário) e terão ainda destruído um hospital e uma escola da área. Edifícios da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Boa Vista foram também invadidos pelos manifestantes. Os protestos, que se estendem a várias regiões, ocorrem duas semanas após o ministro brasileiro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ter anunciado que será feita até ao final de Janeiro a homologação oficial da reserva indígena Raposa-Serra do Sol. Esta homologação tinha sido prometida por Luiz Inácio Lula da Silva em campanha eleitoral para as presidenciais de 2002. A reserva, onde vivem actualmente 19 mil pessoas, das quais sete mil não-índios, situa-se no Noroeste do Estado e abrange uma área de um milhão e 750 mil hectares, equivalente a 7,7 por cento do Roraima e a cerca de 12
vezes a área da cidade de São Paulo." [notícia completa]

sábado, janeiro 03, 2004

Zapatistas celebram dez anos de «fogo e palavra»

No Diário de Notícias: "Sob a designação «20 e 10, o fogo e a palavra», largos sectores no México estão a comemorar os dez anos da rebelião zapatista, um movimento que continua a atrair a atenção no país e no exterior. Foi no dia 1 de Janeiro de 1994, quando o México preparava a entrada em vigor do tratado de livre comércio da América do Norte (NAFTA) com os Estados Unidos e o Canadá, que o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) apareceu ao mundo, de armas na mão e gorros a tapar o rosto, no sul do país, transformando o esquecido estado de Chiapas num cenário de política nacional e internacional. Durante 12 dias os zapatistas combateram o exército, até ser decretado finalmente um cessar-fogo. Fala-se de 150 mortos nestes combates. O décimo aniversário do aparecimento do EZLN coincide com o vigésimo aniversário da sua fundação, em Novembro de 1983, ainda que tenha permanecido numa surpreendente clandestinidade durante uma década. Por isso, as comemorações falam de 20 e 10; o «fogo e a palavra» é uma imagem utilizada pelo líder dos zapatistas, o subcomandante Marcos. «Olhar o zapatismo dos últimos dez anos é olhar o fogo e olhar a palavra», disse ele numa comemoração esta semana." [notícia completa]

sexta-feira, janeiro 02, 2004

América pode ter sido povoada há 30 mil anos

No Diário Digital: "Cientistas russos encontraram vestígios de uma população que se presume ser ancestral dos primeiros americanos. O local arqueológico, divulgado na última edição da revista Science, tem cerca de 30 mil anos e situa-se perto do estreito de Bering, entre a Rússia e o Alasca (EUA). Os arqueólogos descobriram neste local artefactos como ferramentas de pedra, armas de marfim e ossos de animais abatidos para alimentação com o dobro da idade dos encontrados em Monte Verde, no Chile, que até ao momento eram os mais antigos do continente americano." [notícia completa]

quarta-feira, dezembro 31, 2003

«Os Zapatistas»*

No PÚBLICO: "O início da História. Há dez anos atrás, precisamente a 1 de Janeiro de 1994, o ano acordava com notícias surpreendentes. Do México chegavam relatos de uma insurreição armada. No Sul do país, na região de Chiapas, um grupo de guerrilheiros ocupava cidades e aldeias. Chamavam-se então "Exército Zapatista de Libertação Nacional". Para muitos, o EZLN nascia "fora de tempo". Ele seria apenas um vestígio de uma época que acabara com a queda dos regimes de Leste. Por isto mesmo, o primeiro grande triunfo dos zapatistas foi esse simples gesto de existência, o levantamento que parodiou as teses do fim da História. Essa paródia deu-se simplesmente fazendo a História com as próprias mãos."
*Por JOSÉ NEVES [texto completo]

segunda-feira, dezembro 29, 2003

Envie um webcard e apoie a campanha pela homologação da terra Raposa Serra do Sol

Na página do Conselho Indígena de Roraima: "A terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, ainda não foi homologada. Sem a homologação, os índios não tem domínio sobre suas terras e têm seus direitos ainda mais ameaçados. É preciso mobilizar a sociedade e pressionar o governo para que o processo seja concluído o mais rápido possível. Você também pode ajudar os índios nessa luta. Basta enviar o webcard preparado pela Campanha Nós Existimos para o governo federal e também para os seus amigos. Participe e envie já!"

domingo, dezembro 28, 2003

México: índios perseguidos por defenderem a terra

O alerta é da secção canadiana da Amnistia Internacional: dois indígenas Raramuri, do México, foram detidos com base em povas falsas, após terem protestado contra a exploração ilegal de madeira nas terras da sua comunidade. Colabore da campanha da AI.

Povos Indígenas: novo guia da One World

A OneWorld ampliou a sua secção de guias temáticos com um sobre povos indígenas (em castelhano). Além de um artigo introdutório, o guia tem ainda uma secção de recursos online para quem pretenda aprofundar o tema. Este guia foi elaborado por Susanna Segovia, antropóloga com experiência no acompanhamento e cooperação com organizações indígenas da Amazónia equatoriana. [Fonte: OneWorld]

terça-feira, dezembro 23, 2003

Iguarias de Natal têm origem nas tribos índias americanas

No Diário Digital: "Muitas das iguarias que fazem parte da ceia de Natal dos países ocidentais, como o perú, as batatas assadas ou o chocolate, eram alimentos tradicionais para os índios da América do Sul. Quem o diz é a historiadora Rebecca Earle, da Universidade de Warwick no Reino Unido. Esta historiadora foi em busca do rasto de algumas das comidas mais famosas desta época. Concluiu assim que o peru é originário do México e da América do Norte, tendo apenas chegado à Europa em 1650, depois da colonização daquele continente. Por seu turno, as batatas provêm do Peru, e apenas no séc. XVIII chegaram à Europa ocidental. Uma das especiarias mais difundidas e mais apreciadas também, o chocolate, era por sua vez muito apreciado pelos Astecas e pelos Maias, que povoavam a zona do México e da América Central. Era uma bebida reservada para os príncipes e guerreiros, que a bebiam misturada com especiarias e que pouca relação tinha com o chocolate que é hoje em dia consumido em tabletes ou em sobremesas." [noticia completa]

terça-feira, dezembro 09, 2003

AMAZÓNIA: Índios Waimiri já não correm perigo de extinção

Na TSF: "Os índios Waimiri Atroari, da Amazónia, concluíram domingo dois meses de comemorações pelo nascimento do milésimo membro da etnia. Durante duas décadas, estes índios estiveram em perigo de extinção. A criança, a quem foi dado o nome de Lawyraky (Lutador), simboliza o fim da ameaça de extinção que pairou sobre os Waimiri Atroari durante duas décadas. A festa, que decorreu na aldeia Yawara, onde a criança nasceu a 30 de Setembro, prolongou-se por três dias seguidos com danças e cantos. Os Waimiri Atroari eram cerca de três mil em 1969, mas estiveram à beira da extinção nas décadas de 1970 e 1980, com uma taxa de mortalidade de 20 por cento ao ano. Este problema ocorreu na sequência da implementação nos estados do Amazonas e Roraima, de projectos como a estrada BR 174 (entre Manaus e Boa Vista), a Mineração Taboca e a central hidroeléctrica de Balbina, que causaram um devastador impacto em todo o habitat da etnia. Em 1987, um censo da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) concluiu que só havia 374 Waimiri Atroari, espalhados por sete aldeias e numa situação muito difícil. Os índios eram dizimados nomeadamente por garimpeiros, caçadores e pescadores, assim como por epidemias de sarampo, malária e gripe. A situação começou a mudar com a demarcação em 1987 de uma área de reserva de 2,5 milhões de hectares e a criação, em 1988, do Programa Waimiri Atroari, com acções múltiplas visando a preservação da etnia e da sua cultura, numa iniciativa do antropólogo Porfírio Carvalho com a cooperação da FUNAI e da companhia Centrais Elétricas do Norte do Brasil." [notícia completa]

domingo, novembro 30, 2003

Tribo brasileira já tem acesso à Internet

No Diário Digital: "Uma tribo brasileira que vive numa floresta perto de Angra dos Reis, na região do Rio de Janeiro, tem agora acesso à Internet. A tribo Guarani recebeu de uma associação de caridade cinco computadores portáteis alimentados com bateria. Segundo afirmou o voluntário Lucas Benite ao jornal Hoje, a Internet vai-lhes permitir contactar com outras tribos e «aprender coisas sobre o mundo».A tribo inventou mesmo um palavra na linguagem Tupi para Internet, que traduzida significa: «onde se pode pôr palavras, documentos e conhecimento»." [notícia completa]

quinta-feira, novembro 20, 2003

Índios decepcionados com Lula da Silva

No Diário de Notícias: "Mais de 40 mil índios aguardam que o presidente Lula da Silva assine a homologação (decretada em 1998) das terras que ocupam, por direito, em Roraima, no Brasil. A campanha Nós Existimos, que alia índios, trabalhadores rurais e excluídos da cidade na luta pela demarcação do território, foi divulgada ontem pelo missionário Jorge Dal Ben, em Lisboa. «Lula sofre a pressão dos políticos locais. Os índios têm receio que ele ceda e negoceie a redução das terras», disse o padre Dal Ben, explicando que a homologação fez parte da política indigenista da campanha de Lula. Em Raposa/Serra do Sol, a nordeste do Estado de Roraima, vivem 15 mil indígenas dos povos Macuxi, Wapichana, Ingaricó, Taurepang e Patamona. São comunidades com autonomia económica, que sobrevivem da agricultura, artesanato e criação de animais." [notícia completa]

Missionários Querem Assinatura de Lula para Área Indígena

No PÚBLICO: "Falta só uma assinatura do Presidente Lula, do Brasil, para que as tribos da área indígena da Raposa-Serra do Sol, no estado do Roraima (Nordeste), possam viver mais descansadas. "O medo é que o Presidente ceda aos dirigentes locais em troca de apoio político às reformas do Governo", diz o padre Jorge Dal Ben, 60 anos, membro dos Missionários da Consolata, a trabalhar no Brasil há quase 35 e que ontem deu uma conferência em Lisboa. Para o evitar, os missionários estão a lançar uma campanha internacional que pressione Lula da Silva para assinar o decreto que homologa aquela área. Entre as cartas já recebidas por Lula, está uma assinada pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Geraldo Majella Ângelo. Em 29 de Maio, o líder do episcopado saudou o Presidente brasileiro e manifestou-lhe a "preocupação maior" dos 350 bispos: a "expectativa da imediata homologação da terra indígena Raposa-Serra do Sol". [notícia completa]

quarta-feira, novembro 19, 2003

Índios decepcionados com a demora de Lula em ratificar demarcação

Na LUSA: "Um grupo de índios do estado brasileiro de Roraima está decepcionado com a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ratificar a demarcação das suas terras, declarou hoje em Lisboa o missionário Jorge Dal Ben. "Os povos indígenas da região de Raposa-Serra do Sol estão decepcionados com o presidente Lula, que prometeu aos índios ratificar a demarcação das suas terras (decretada em 1998}, assim que chegasse ao poder, coisa que não ocorreu até o momento", disse Jorge Dal Ben durante uma conferência de imprensa em Lisboa. "O grande receio dos índios é que o presidente Lula seja pressionado pelo governo local, que é frontalmente contra a demarcação das terras indígenas em Raposa-Serra do Sol", declarou o padre. "Os índios também temem que para aprovar as suas reformas no Congresso, o presidente Lula negoceie a redução da reserva em troca de apoio político", acrescentou o missionário. O padre italiano, missionário da Consolata, trabalha com os índios do Estado de Roraima, no Norte do Brasil, há cerca de 35 anos e está na Europa para sensibilizar a sociedade para o problema das terras indígenas no Brasil. Em Portugal, o missionário fará palestras hoje na Igreja de Massamá, próximo de Lisboa, quinta-feira na Câmara de Leiria, no dia seguinte em Águas Santas (arredores do Porto}, e no domingo em Fátima e Vidigal, região de Leiria. "A campanha pela legalização da Raposa-Serra do Sol, intitulada `Unidos pela vida, contra a violência e a impunidade ', foi lançada em Janeiro, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre", disse. (...) Jorge Dal Ben veio acompanhado do índio Dionito de Souza Makuxi, que permaneceu durante duas semanas na Europa para participar num congresso em Itália e também ajudar na campanha. O missionário já visitou a Alemanha, Itália e França, devendo passar ainda pela Espanha, Inglaterra e Holanda. "Se o tempo nos permitir, poderemos realizar o nosso trabalho ainda na Suíça e na Áustria", complementou Dal Ben. O padre italiano declarou que os índios precisam das terras legalizadas para dar continuidade aos seus projectos "sem medo de serem novamente invadidos por garimpeiros e fazendeiros". "Os índios desta área são independentes, têm escolas, transportes próprios, agentes de saúde e vários projectos, inclusive económicos. Em regime comunitário, mantêm 40 mil cabeças de gado em toda a região", declarou. "As tribos têm conseguido progressos de forma equilibrada, mantendo um estilo de vida próprio, baseado no regime comunitário, respeitando os seus valores culturais e os recursos naturais, além de tentarem recuperar o que foi estragado pelas mãos dos brancos", complementou. A região da Raposa-Serra do Sol está encravada entre a Guiana e a Venezuela. As tribos indígenas que habitam a área - cerca de 15 mil indígenas - são os Makuxi, Wapixana, Ingarikó, Taurepang e Patamona, que travam há 30 anos uma luta pela demarcação das suas terras. A área é organizada administrativamente pelas comunidades de quatro zonas, denominadas "regiões", e que são nomeadamente Raposa, Surumu, Baixo Cotingo e Serras. As regiões são coordenadas por conselhos regionais autónomos, articulando-se entre si e com o Conselho Indígena de Roraima (CIR)."

sexta-feira, outubro 31, 2003

Índios Vão Ser Gente no Chile

No PÚBLICO: "O Presidente chileno Ricardo Lagos recebeu e começou a analisar um estudo susceptível de levar ao reconhecimento da dignidade, ou pelo menos da existência, das comunidades indígenas do país. Não está mesmo fora de hipótese uma alteração da Constituição nesse sentido. Porém, os visados receberam a notícia com desconfiança. A proposta-esperança intitula-se "Verdade Histórica e Novo Tratamento dos Povos Indígenas", foi estudada e concluída por uma comissão presidida pelo antigo mandatário Patrício Aylwin, que anteontem a entregou formalmente a La Moneda, e sugere no mínimo o reconhecimento dos povos que já estavam no território quando os espanhóis lá chegaram - a autonomia é outra das coisas que pede." [notícia completa]

terça-feira, outubro 21, 2003

"Não se pode deixar serem os criminosos a tratar dos pobres"

No Diário de Notícias: "Entrevista com Alejandro Toledo, Presidente do Peru. Alejandro Toledo, 58 anos, foi o primeiro índio a ser eleito para a presidência do Peru. «Em 500 anos nunca tal acontecera; e as pessoas precisam agora de digerir bem esse fenómeno», diz ele." [entrevista completa]

segunda-feira, outubro 13, 2003

Venezuela: Hugo Chavez acusa Colombo do maior genocídio da História

Na LUSA: «O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, distanciou-se domingo da tradição de celebrar a cada 12 de Outubro o aniversário da "Descoberta" da América por Cristovão Colombo que, segundo ele, abriu as portas ao maior genocídio da História. "Não há nada a celebrar a 12 de Outubro. É uma mentira dizer que hoje é a Jornada da Descoberta da América", disse Chavez na sua alocução dominical na rádio e TV "Olá, presidente!". A 12 de Outubro de 1492 começou na América "uma invasão, um genocídio, uma colonização e uma pilhagem" do continente, de que foram vítimas as populações indígenas, afirmou. Por todas estas razões, Cristovão Colombo "não foi de maneira nenhuma um explorador" mas antes um "personagem que dirigiu um dos maiores massacres da História", afirmou o chefe de Estado venezuelano. Sábado, durante um encontro com representantes das populações indígenas do país, Chavez acusou Cristovão Colombo de ter sido "o ponta de lança da invasão e do maior genocídio conhecido na história dos povos". Durante essa reunião, o presidente venezuelano criticou os historiadores ocidentais por terem "ocultado o massacre de 97 milhões de indígenas" do continente americano, fazendo o elogio de conquistadores que foram "piores que Hitler".» [notícia completa] [notícia no Diário Digital]

quinta-feira, outubro 02, 2003

Livros: Lançamento duplo e exposição sobre arte de sonhar dos índios da Amazónia

Na LUSA: "O lançamento dos livros "A Arte dos Sonhos: Uma Iconografia Ameríndia" e "O Belo é a Fera: a Estética da Predação e da Produção entre os Wayana", revelam os sonhos dos índios quinta-feira em Lisboa. Os volumes "A Arte dos Sonhos", de Aristóteles Barcelos Neto, e "O Belo é a Fera", de Lúcia Hussak van Velthem, serão lançados às 18.30 no Museu Nacional de Etnologia, a par da mostra "A Arte dos Sonhos: Desenhos do Xingu". A exposição, que estará patente até à primeira quinzena de Novembro, tem por base trabalhos do livro de Barcelos Neto que, tal como o de Lúcia van Velthem, é editado pela Assírio & Alvim na colecção Coisas de Índios. A mostra inclui 60 desenhos executados nos anos 1998 e 2000 por cinco xamãs Wauja do Estado do Mato Grosso, Brasil, com lápis de cor e tintas acrílicas, e representam visões que os xamãs têm dos "yerupoho" e dos "apapaatai", seres que, segundo os indígenas, controlam os recursos naturais." [notícia completa]

quinta-feira, setembro 25, 2003

Chefe kaingang morto no Brasil

Um chefe índio da tribo dos kaingangs que lutava pela demarcação de terras indígenas perto de Las Palmas, estado de Paraná, no Sul do Brasil, foi assassinado, anunciou segunda-feira o Conselho Missionário Indigenista (Cimi), uma organização de direitos humanos da igreja católica brasileira, no Rio de Janeiro. Sobrinho do chefe Albino Veri, a vítima, Ademir Mendes, 24 anos, foi degolada, domingo, entre a cidade de Las Palmas e a reserva dos kaingangs, na fronteira do estado de Santa Catarina. O seu corpo foi encontrado na estrada de acesso à aldeia índia. A zona indígena de Palmas foi invadida por madeireiros, mas os kaingangs, chefiados por Ademir Mendes, conseguiram expulsá-los, segundo a Cimi. A delimitação da reserva indígena de Palmas está em curso. Em razão de pressões exercidas pelas empresas de exploração madeireiras e de políticos, o Ministério da Justiça está a atrasar a assinatura do decreto sobre a delimitação. Os índios suspeitam que os assassinos estão ligados aos madeireiros expulsos das terras indígenas, que então proferiram ameaças de morte contra Ademir Mendes. Só este ano, duas dezenas de índios foram mortos no Brasil, quatro deles no Sul do país.

sexta-feira, setembro 19, 2003

Brasil: Amazónia abrigava sociedades complexas antes de Colombo

Na LUSA: "Os índios da Amazónia tinham grandes aldeias antes de 1500, com sociedades numerosas e complexas tanto social como tecnologicamente, indica um estudo de pesquisadores brasileiros e norte-americanos hoje divulgado pelo jornal Estado de São Paulo. Segundo a pesquisa, que combate o mito da floresta intocada antes da chegada de Colombo à América, as aldeias índias da época tinham estradas quilométricas que chegavam a medir atingir 50 metros de largura, pontes e áreas de fruticultura e agricultura. "Muita gente pensa na Amazónia como uma floresta virgem, intocada, mas não é bem assim. (...) Temos evidências claras de que as sociedades da época alteraram significativamente a cobertura vegetal", disse o antropólogo Carlos Furtado, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na região do Parque Indígena do Xingu, no nordeste do estado do Mato Grosso, os pesquisadores encontraram vestígios surpreendentes de ocupação humana entre os séculos XIII e XVII, em que as aldeias eram maiores e mais numerosas do que as actuais. As maiores aldeias da época tinham uma área de aproximadamente 50 hectares (dez vezes maior do que a das actuais) e podiam abrigar cerca de três mil pessoas. A equipa de pesquisadores localizou 19 sítios arqueológicos numa área de 400 quilómetros quadrados habitada hoje pelos índios kuikuros, no alto Xingu. Há indícios arqueológicos de que a área é habitada, pelo menos desde o ano 800, embora o auge do desenvolvimento tenha ocorrido entre os séculos XIV e XVI, justamente quando os europeus chegaram ao Novo Mundo. Segundo o arqueólogo Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida, a complexidade das construções, perfeitamente rectilíneas, indica um conhecimento avançado de engenharia, matemática e astronomia, como forma de orientação. "Não era um império Inca ou Romano, mas havia muitas sociedades da época, mesmo na Europa, que não eram tão complexas quanto essa", salientou o pesquisador norte-americano."

quinta-feira, setembro 18, 2003

Vala comum descoberta na Guatemala

Antropólogos exumaram 43 ossadas de um grupo de 200 indígenas desaparecidos nos anos 80, durante a guerra civil da Guatemala. Os restos mortais foram encontrados num antigo quartel em San Juan Comalapa, no departamento de Chimaltenango. A máxima dirigente da Comissão Nacional de Viúvas, Rosalina Tuyuc, disse que as chacinas foram cometidas por militares entre 1979 e 1983. O período inclui a ditadura do antigo general Efraín Rios Montt, actual presidente do Parlamento e candidato à chefia do Estado, que ocupou o poder entre 1982 e 1983, os dois anos mais violentos da história recente do país. A guerra civil guatemalteca estendeu-se de 1960 a 1996, quando foi concluído um acordo com a União Nacional Revolucionária Guatemalteca, e causou cerca de 200 mil mortos e desaparecidos.

quarta-feira, setembro 03, 2003

Através da Amazónia

Reportagem a não perder na National Geographic Magazine de Agosto: "Bem no interior da selva brasileira, o defensor dos direitos dos índios, Sydney Possuelo, tem pressa em salvar pessoas que espera nunca vir a encontrar: os isolados flecheiros."

quarta-feira, agosto 27, 2003

Governo do Canadá cede território do tamanho da Suíça a índios

No Diário Digital: "O governo canadiano assinou um acordo em que cede a um grupo de índios um território de 39 mil quilómetros quadrados - o equivalente ao tamanho da Suíça - cujos recursos naturais podem explorar, e que lhes permite criar um governo territorial próprio." [notícia completa]

O acordo: Governo canadiano atribui território a índios

No PÚBLICO: "O primeiro ministro canadiano, Jean Chrétien, e os líderes do movimento indígena Nação Tlicho assinaram ontem um acordo que atribui aos nativos a posse e administração de um território do tamanho da Suíça. A Nação Tlicho - anteriormente designada por Primeira Nação Dogrib - assumirá assim o controlo dos 39 mil quilómetros entre os Lagos do Grande Escravo e do Grande Urso, no Norte do Canadá, território onde ficam localizadas duas minas de diamantes. As quatro comunidades índias que formam a Nação Tlicho irão agora proceder à eleição dos conselheiros e chefes que irão integrar um Governo territorial responsável pela gestão das questões relativas à saúde e à educação. O Governo federal manterá o controlo da lei criminal."

sexta-feira, agosto 22, 2003

Confrontos étnicos na Nigéria fazem uma centena de mortos

No PÚBLICO.PT: "Perto de cem pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas em confrontos étnicos na Nigéria, na cidade petrolífera de Warri, no Sul do país. (...) Os confrontos entre os grupos étnicos ijaw e itsekiri têm origem em disputas pelo petróleo e pelo poder político. Os ijaws afirmam que o poder político está distribuído de forma desigual, em favor dos itsekeris, ao mesmo tempo que reclamam uma maior fatia das riquezas do solo nigeriano." [notícia completa]

Áreas protegidas africanas dificultam a vida dos povos indígenas

No PÚBLICO.PT: "Nove grandes áreas de conservação em seis países africanos estão a ameaçar a vida dos povos indígenas em vez de os ajudar, alerta um livro baseado num estudo de dois anos sobre projectos de conservação no continente, da autoria da organização para os direitos humanos Forest Peoples Program (FPP)." [notícia completa]

segunda-feira, agosto 18, 2003

Equador: Ruptura política entre indígenas e Lucio Gutiérrez

[15/8/2003] "El presidente de Ecuador, Lucio Gutiérrez, rompió hace pocas horas sus lazos políticos con el movimiento indígena Pachakutik - Nuevo País, quien en noviembre del año pasado lo acompañó en su carrera a la presidencia." [notícia completa] Fonte: Etnias de Colombia

quarta-feira, agosto 13, 2003

Mexico: Amnistia Internacional condena assassinato de activista dos direitos indígenas

Comunicado da Amnistia Internacional (08/08/2003): "(Mexico, D.F.) Amnesty International today condemned the murder of Mexican indigenous rights activist Griselda Tirado and called on the Mexican authorities to carry out a prompt and effective investigation. "Griselda Tirado's work in defence of human rights of the indigenous communities in Puebla may have cost her her life," said Rupert Knox, a member of Amnesty International's current High Level Mission to Mexico. "Over the years human rights defenders in Mexico have faced repeated threats and harassment, and the authorities have consistently failed to ensure their safety and investigate attacks effectively." [texto integral]

segunda-feira, agosto 11, 2003

Guerrilha zapatista anuncia uma nova etapa na sua luta

No PÚBLICO de ontem: «A guerrilha mexicana do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) anunciou ontem uma nova etapa na sua luta, durante um encontro que juntou este fim de semana centenas de camponeses e simpatizantes zapatistas em Oventic, pequena aldeia das montanhas de Chiapas (Sul do México). O comandante "Rafael" explicou que o EZLN tenciona criar conselhos de auto-gestão dos seus territórios. "É um acto histórico, já que hoje termina uma etapa da nossa luta e começa uma outra, de luta política, de resistência e de autonomia dos povos indígenas do México", disse "Rafael"». [ler notícia completa]

Equador: ruptura na aliança política com movimento indígena

No PÚBLICO de Sexta-feira, 8 de Agosto: "A aliança governativa entre a Sociedade Patriótica, partido político do Presidente equatoriano Lucio Gutiérrez, e o Movimento Pachakutik, braço político da Confederação das Nacionalidades Indígenas (CONAIE), chegou ao fim, anunciou ontem o secretário da Presidência para a Comunicação, Marcelo Cevallos. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Nina Pacari, o ministro da Agricultura, Luis Macas, e a ministra do Turismo, Doris Solís, eleitos pelo Pachakutik, irão agora abandonar o executivo de Gutiérrez. A relação entre o Presidente equatoriano e o movimento indígena vinha a deteriorar-se já há algumas semanas. Na origem da ruptura terá estado, no entanto, o facto do Pachakutik ter votado contra ao projecto-lei apresentado por Gutiérrez para a reforma da Lei do Serviço Civil e da Carreira Administrativa".

quarta-feira, julho 30, 2003

Leis antiterroristas contra índios no Chile

O Chile está a pôr em perigo os direitos dos grupos indígenas do país, aplicando as leis antiterroristas aos autóctones que reivindicam terras dos antepassados, acusou o enviado especial das Nações Unidas, Rodolfo Stavenhagen, em declarações aos jornalistas, em Santiago do Chile, na terça-feira. A denúncia respeita basicamente aos mapuches, que constituem 90 por cento dos 692 mil indígenas do país, expoliados de terras ancestrais por empresas hidroeléctricas. Vários índios acusados de assalto e destruição de propriedade privada estão presos, a aguardar julgamento. Outra das acusações que enfrentam é a de... associação ilegal.

terça-feira, julho 29, 2003

9 de Agosto é Dia dos Povos Indígenas do Mundo

Celebra-se no dia 9 de Agosto o Dia dos Povos Indígenas do Mundo. Foi há dez anos, em Dezembro de 1993, que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou este dia como o da reflexão anual dos problemas das comunidades autóctones. O objectivo é despertar a consciência do mundo para a necessidade de um maior respeito pelos direitos humanos e as liberdades fundamentais dos povos indígenas. O 9 de Agosto insere-se na Década Internacional dos Povos Indígenas, promovida pela ONU para aumentar a cooperação internacional nas áreas que mais afectam as comunidades indígenas, como os direitos humanos, o meio ambiente, o desenvolvimento, a educação e a saúde, que termina no próximo ano.